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Duarte Nogueira quer Anvisa no Leite Lopes

Divulgação

O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) reuniu-se nesta quinta-feira, 19 de dezembro, em Brasília, com o diretor da Agência Nacional de Vigilân­cia Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, que assumirá a presidência do órgão nas pró­ximas semanas.

Durante o encontro, o chefe do Executivo de Ribeirão Preto protolocou ofício com pedi­do do início de procedimentos administrativos e operacionais para a instalação de uma unida­de da Anvisa no Aeroporto Es­tadual Doutor Leite Lopes.

“Estamos na iminência do processo de concessão do Aero­porto Leite Lopes à iniciativa pri­vada. Para a habilitação de voos internacionais, precisamos estar prontos, com toda a infraestrutu­ra necessária”, explica o prefeito. O aeródromo também receberá postos da Receita Federal, da Po­lícia federal e da Alfândega.

No ano que vem o gover­nador João Doria (PSDB) vai transferir para a iniciativa pri­vada todos os 21 aeroportos sob responsabilidade do Departa­mento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes.

Entre os equipamentos está o Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto. Segun­do o tucano, em janeiro será divul­gada a modelagem dos primeiros terminais aeroportuários eleitos para desestatização. O maior in­teresse é de players europeus, es­pecialmente ingleses e alemães, e “enormes” chances de participa­ção de chineses e japoneses nas futuras disputas pelos ativos.

A consultoria internacional IOS Partners é responsável pelos estudos que vão definir a mode­lagem de desestatização – se pri­vatização, concessão ou Parceria Público-Privada (PPP). Todo o processo de desestatização está previsto para terminar no primei­ro trimestre do ano que vem.

Já o projeto para ampliação do pátio do Aeroporto Leite Lopes está em tratativa entre o Daesp e a Secretaria Nacional de Aviação Civil (Snac) para a viabilização. “Informamos que o aeroporto está habilitado desde 2002 para o tráfego internacional de carga aérea”, ressalta o departamento administrador do aeródromo ri­beirão-pretano.

Para definir qual o modelo de desestatização, Daesp e IOS Part­ner fazem inspeções da estrutura física, sistemas, procedimentos e espaço aéreo. Também analisam as vocações de cada cidade, com informações sobre o perfil da po­pulação e o potencial econômico e turístico das regiões.

No total, o plano de trabalho apresentado pela consultoria tem cinco fases com tarefas que vão desde a realização da aná­lise de mercado, de processos legais, projeções de demanda, estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além da interface com investidores, apoio no processo licitatório e promoção dos aeroportos.

Inaugurado em 1939, atual­mente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (executiva) e regula­res de empresas aéreas como La­tam, Passaredo e Azul, que tra­balham com aeronaves como o Airbus A320, E195, E190, ATR 72. Até agora o aeroporto de Ri­beirão Preto recebeu recursos de R$ 3,94 milhões por parte do governo de São Paulo. O inves­timento foi usado para obras de alargamento nas duas cabeceiras 36 e 18 (turn around), para rece­ber aeronaves maiores, do porte dos Airbus 767 e 330.

Também foram instaladas luminárias para orientação das manobras noturnas dos pilotos e o Daesp aguarda a homologação da pista com os turn around pela Agência Nacional de Aviação Ci­vil (Anac). O Leite Lopes já está, desde 2002, habilitado para o trá­fego internacional de cargas – o problema é que a pista não com­porta aviões cargueiros.

Governo federal
O governo federal já em­penhou R$ 10 milhões no or­çamento da União deste ano e aguarda o projeto executivo do Estado para realizar todo o recape da pista do Aeropor­to Leite Lopes, o alargamen­to das pistas de taxiamento e também a ampliação do pátio de aeronaves, de 27 mil me­tros quadrados para 47 mil metros quadrados.

Os novos investimentos previstos são de R$ 15 milhões, sendo que R$ 10 milhões já es­tão empenhados e outros R$ 5 milhões serão para a recupera­ção total da pista, alargamento e reforço da área de taxiamento, ampliação do pátio de aeronaves e o reforço com ampliação do Sistema de Combate à Incêndio (SCI). O terminal de passageiros vai ser ampliado – passará de 4.500 mil metros quadrados para 15 mil m² –, mas não será mais com recursos do governo federal. O investimento ficará sob a responsabilidade da em­presa investidora que assumirá a administração.

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