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HC faz cirurgia ‘inédita’ com robô

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Um paciente de 57 anos, com câncer de próstata, foi o primeiro a ser operado nesta semana, no Hospital das Clí­nicas da Faculdade de Medici­na de Ribeirão Preto – ligada à Universidade de São Paulo (HC-FMRP/USP) –, pelo robô Da Vinci Xi, recém adquirido pela instituição por cerca de R$ 13 milhões com recursos da Secretaria Estadual da Saúde e da Fundação de Apoio à Pes­quisa e Assistência do Hospital das Clínicas (Faepa).

O Da Vinci Xi é o modelo mais moderno que existe e o único no interior de São Paulo. Na cirurgia desta semana, ele foi controlado pelo professor da FMRP e cirurgião Rodolfo Borges dos Reis, que passou por treinamento nos Estados Uni­dos para comandar o robô, que tem quatro braços que realizam movimentos precisos e sensíveis.

Em três deles, há pinças, te­souras e bisturis. Esses braços mecânicos realizam movimen­tos difíceis de serem realizados por mãos e braços humanos. No outro, uma câmera potente entra no corpo e aumenta entre dez e 15 vezes a visão do médico.

A movimentação dos ins­trumentos se faz pelo manu­seio de um comando muito parecido com joysticks de jo­gos no computador. À medida que move as mãos e os dedos, o robô reproduz seus movimen­tos, mais finos e flexíveis, den­tro do corpo e consegue aces­sar regiões mais difíceis para a mão humana. Detalhe: o corte é de oito milímetros.

Para o professor doutor, Ro­dolfo Borges dos Reis, “o Hospi­tal das Clínicas prima pelo que tem de mais moderno em tec­nologia. Sem dúvida, a aquisição do robô foi um grande passo dado. Com isso, poderemos ofe­recer essa inovação aos pacien­tes e promover o treinamento das equipes médicas, para que os profissionais saiam mais ca­pacitados e com acesso às mais modernas tecnologias”.

Efeitos
De acordo com o profes­sor, as grandes vantagens da cirurgia robótica são “menos sangramento, precisão maior das suturas intracorpóreas, praticamente não tem hérnia, retorno mais rápido às suas ati­vidades diárias e uma alta mais precoce”. Para ele, “tudo isso se transforma em vantagens para o paciente”. Ele estima uma ci­rurgia realizada por semana.

Áreas
“O robô terá atuação trans­versal. Várias áreas serão con­templadas, entre elas, a urolo­gia, que tem grande número de pacientes que podem se be­neficiar, a ginecologia, cirurgia geral do sistema digestório, cirurgia de cabeça e pescoço e cirurgia torácica. Essas são as principais áreas”, afirma.

Para o Hospital das Clíni­cas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto esta nova tecnologia, colocada à disposi­ção dos médicos, se constituiu em um avanço para a capaci­tação desses profissionais e es­pecialmente, para o tratamen­to dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais recursos
O deputado Rafael Silva (PSB) foi um dos responsáveis pela liberação de recursos para a compra do robô. Além disso, pediu ao governador João Doria (PSDB) mais R$ 1 milhão para compra de material de custeio. “Lutamos muito para conseguir os equipamentos de cirurgia ro­bótica, porque é um atendimento extremamente moderno coloca­do à disposição de pessoas sim­ples, de pacientes do SUS”, diz.

“Esse modelo significa mais possibilidade de cura, boa recu­peração, menos sequelas, mais qualidade de vida para a nos­sa população. E o HC, por sua história, por sua importância nacional e internacional, mere­ce todo o nosso empenho, pelos grandes profissionais que tem”, afirma Rafael Silva.

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