A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2017”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 13 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto reduziu a desigualdade quando o assunto é distribuição de renda. Porém, a estrada é longa e tem muito chão pela frente até chegar aos patamares de primeiro mundo. Segundo os dados apurados, apesar de ser a 21ª cidade que mais produz riquezas no País, é apenas a 296ª no ranking do PIB per capita. De maneira geral, porém, os números indicam que a situação melhorou em comparação com 2016, ainda no auge da crise econômica nacional.
Avanço em 2017
Ribeirão Preto galgou duas posições no ranking nacional e uma no estadual, elevou o valor da riqueza produzida em seu território e deu um salto significativo na lista do PIB per capita. Segundo o estudo, em 2017, quando a cidade tinha 682.302 habitantes, de acordo com o próprio IBGE, o Produto Interno Bruto ribeirão-pretano era de R$ 35,31 bilhões, o 21º do Brasil.
O valor é 17,8% superior ao de 2016, de R$ 29,98 bilhões, acréscimo de R$ 5,33 bilhões – equivalente ao PIB de Sertãzinho, calculado em R$ 5,3 bilhões no mesmo período. Na época, o município ocupava a 23ª posição do ranking nacional. O montante atual também é 27% maior do que o de 2015, de R$ 27,80 bilhões – aporte de R$ 7,51 bilhões –, e 25,7% acima ao PIB de 2014, de R$ 28,08 bilhões, com mais R$ 7,23 bilhões.
Nestes dois períodos a cidade ocupava a 24ª posição na lista dos municípios mais ricos. Em comparação com o Produto Interno Bruto de 2013, de R$ 23,50 bilhões, o crescimento em 2017 foi de 50,2%, com acréscimo de R$ 11,81 bilhões. A participação de Ribeirão Preto na produção das riquezas nacionais é de 0,54% – era de 0,48% em 2016, de 0,46% em 2015 e de 0,49% no período anterior.
No ranking estadual, a cidade, que havia galgado uma posição entre 2014 e 2015, subindo do 11º para o 10º lugar – era o 12ª em 2013 – e voltou para o 11º lugar em 2016, agora recuperou o posto e aparece na 10ª posição. A participação do PIB ribeirão-pretano no Estado está torno de 1,5%, contra 1,43% do período anterior e 1,44% de cinco anos atrás.
Está atrás da capital São Paulo (primeira do ranking nacional, com R$ 699,28 bilhões), Osasco (sexta, com R$ 77,91 bilhões), Campinas (11ª, com R$ 59,05 bilhões), Guarulhos (12ª, com R$ 55,74 bilhões), Barueri (15ª, com R$ 47,55 bilhões), São Bernardo do Campo (16ª, com R$ 44,68 bilhões), Jundiaí (17ª, com R$ 41,22 bilhões), São José dos Campos (19ª, com R$ 39,82 bilhões) e Paulínia (20ª, com R$ 35,34 bilhões). Ultrapassou Sorocaba (23ª, com R$ 31,85 bilhões).
O Produto Interno Bruto ribeirão-pretano é superior ao de 16 capitais de Estado. Está à frente de Belém (PA, 24ª no ranking nacional), São Luís (MA, 25ª), Campo Grande (MS, 30ª), Natal (RN, 31ª), Cuiabá (MT, 32ª), Maceió (AL, 39ª), Vitória (ES, 42ª), João Pessoa (PB, 43ª), Florianópolis (SC, 44ª), Teresina (PI, 46ª), Porto Velho (RO, 55ª), Aracaju (SE, 57ª), Macapá (AP, 99ª) e Palmas (TO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC) – as três últimas não aparecem entre os 100 maiores PIBs do Brasil.
As capitais com PIBs superiores ao de Ribeirão Preto são São Paulo (SP, primeira do ranking nacional), Rio de Janeiro (RJ, segunda), Brasília (DF, terceira), Belo Horizonte (MG, quarta), Curitiba (PR, quinta), Porto Alegre (RS, sétima), Manaus (AM, oitava), Salvador (BA, nona), Fortaleza (CE, 10ª), Recife (PE, 13ª) e Goiânia (GO, 14ª).
Os dados do IBGE também apontam a evolução da participação dos municípios brasileiros no PIB nacional. Neste quesito, Ribeirão Preto figura como a quarta cidade do país com maior ganho de participação, atrás de Maricá (RJ), Parauapebas (PA) e Niterói (RJ).
“É um dado histórico, um crescimento que equivale a todas as riquezas produzidas em Sertãozinho em 2017, por exemplo, o que demonstra a força, a pujança e a liderança que Ribeirão Preto representa para nossa região, uma das mais prósperas de São Paulo e do país”, comemora o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB).
Nacional
Terminada a última recessão econômica, a riqueza ainda permanecia concentrada no País. Em 2017, sete municípios detinham cerca de 25% da economia brasileira, de acordo com o estudo do IBGE. Os maiores geradores de riqueza foram São Paulo (com 10,6% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (5,1%), Brasília (3,7%), Belo Horizonte (1,4%), Curitiba (1,3%), Osasco/ SP (1,2%) e Porto Alegre (1,1%).
Juntos, esses municípios representavam 13,6% da população brasileira. Quando somados os 69 municípios brasileiros mais ricos em 2017, chegava-se praticamente à metade do PIB nacional. Ou seja, pouco mais de 1% dos 5.570 municípios brasileiros gerava 50% da riqueza do País. Por outro lado, os 1.324 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional.
A riqueza na cidade
PIB de 2017…………R$ 35,31 bilhões
Ranking nacional…………………….21º
Participação……………………….0,54%
Ranking estadual…………………….10º
PIB per capita…………..R$ 51.759,84
Ranking nacional…………………..296º
PIB de serviços…….R$ 23,25 bilhões
Ranking e participação……17º e 0,73%
PIB da indústria………. R$ 5,3 bilhões
Ranking e participação……39º e 0,44%
PIB da agropecuária ……………………….R$ 119,09 milhões
Ranking e participação ……………………………… 592º e 0,04%
PIB da administração ……………………………R$ 2,78 bilhões
Ranking e participação……35º e 0,28%
RP sobe 118 posições no ranking per capita
A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2017”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 13 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto conquistou 118 posições no ranking do PIB per capita – divisão da produção local pelo número de habitantes – e saltou do 414º em 2016 para o 296º lugar – era a 403ª em 2015. No Estado de São Paulo, é a 67ª colocada.
O valor que cada trabalhador da cidade recebe por ano aumentou 16,4%, de R$ 44.463,80 em 2016 para R$ 51.759,84 no ano seguinte, acréscimo de R$ 7.296,04 – pelo valor atual (R$ 998), o aporte passa de sete salários mínimos. Em 2015 o PIB per capita era de R$ 41.736,07. Neste caso, em 2017 a alta foi de 24%, uma injeção de R$ 10.023,77, dez mínimos a mais. Em 2014, o PIB per capita de Ribeirão Preto era de R$ 42.682,19.
Em 2017, o município de Paulínia, no Estado de São Paulo, registrou o maior PIB per capita do País: R$ 344.847,17, puxado pelo refino de petróleo. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 31.702,25. No segundo lugar do ranking ficou Triunfo, no Rio Grande do Sul, com R$ 311.211,93, com destaque para a atividade petroquímica. Em terceiro, Louveira (SP), com R$ 300.639,40, devido ao comércio atacadista.
Os demais destaques foram Presidente Kennedy (ES, com R$ 292 397,08), São Gonçalo do Rio Abaixo (MG, com R$ 289.925,44), Selvíria (MS, com R$ 271.094,70), São Francisco do Conde (BA, R$ 253.895,58), Extrema (MG, R$ 219.239,07), Vitória do Xingu (PA, R$ 209.799,94), e Jaguariúna (SP, R$ 209.320,86).
Os dados por segmentos mostram que a indústria de Ribeirão Preto contribuiu com R$ 5,3 bilhões em 2017, com participação na produção nacional de 0,44% – era de 0,34% no estudo anterior. O valor é 34,1% superior aos R$ 3,95 bilhões de 016, acréscimo de R$ 1,95 bilhão. Galgou oito posições, saltando da 47ª para a 39ª – era a 67ª em 2015 e 86ª em 2014.
Já o setor de serviços segue sendo o mais forte de Ribeirão Preto, com valor estimado em R$ 23,25 bilhões em 2017, o 17º do País, uma posição acima da de 2016 e 2015, quando era o 18º. O valor, porém, é 15% superior aos R$ 20,22 bilhões do período anterior, aporte de R$ 3,03 bilhões. Era o 17º em 2014. A participação do setor na riqueza nacional estava em 0,73% no ano do atual estudo, contra 0,67% de 2016 e 0,66% de 2015.
O PIB da agropecuária gerou apenas R$ 119,09 milhões (está em 592º lugar no ranking do setor), além de ter registrado queda de 0,84% em relação ao de 2016, de R$ 120,1 milhões, redução de R$ 1,01 milhão. Em 2015 era de R$ 78,5 milhões. A participação no PIB do agro nacional é de apenas 0,04%.
No setor de administração, defesa, educação, saúde pública e seguridade social Ribeirão Preto tem o 35º maior PIB do País (galgou duas posições em relação ao 33º lugar do ano anterior e de 2015), com valor de R$ 2,78 bilhões, 2,2% acima dos R$ 2,72 bilhões de 2016, aporte de R$ 60 milhões e participação de 0,28% na produção de riqueza nacional – era de 0,29% no ano anterior e de 0,30% em 2015.