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Daerp – outra galinha dos ovos de ouro
No ano 2000, um candidato a prefeito compareceu ao Cartório de Registro de Títulos e Documentos para deixar patente sua intenção de não privatizar o Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp). Embora com muitos problemas de gestão, era um setor importante para as finanças da cidade e para uma série de outras atividades na área de infraestrutura.

Financiamento do lixo
No governo de Luiz Roberto Jabali (PSDB, 1997-2000), o Daerp, com as burras plenas de recursos, chegou por um bom tempo a gerir o lixo, varrição e conservação das vias públicas, substituindo o Dursarp, que havia encerrado suas atividades quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) recomendou a união de todas as taxas ao Imposto Predial e Territorial Ur­bano (IPTU). Depois, resolveram voltar à forma antiga, com a prefeitura pagando pela coleta do lixo e pelo transporte até o aterro sanitário de Guatapará, depois de desativado o nosso que funcionava (e bem) na rodovia que vai para Dumont.

Boatos
Nos últimos anos voltaram a circular boatos de que o Daerp voltaria a pagar pelos serviços da Estre Ambiental ou de outra empresa que vier a realizar o serviço. O prazo marcado para a autarquia assumir o serviço seria este mês de dezembro. No entanto, foi prorrogado para o final do próximo ano. O certo é que falta pouco para exaurirmos os recursos de mais uma “galinha dos ovos de ouro” do município.

Quem faz a medição
É difícil mensurar e quantificar o trabalho da empresa que re­solveu romper o contrato da coleta do lixo e serviços congêne­res e depois voltou a ser contratada por necessidade premente para não deixar a cidade na mão. Muitas donas de casa garan­tem que elas sim procedem a varrição das ruas, pois nunca os responsáveis passaram para varrer e cuidar das vias públicas e de calçadas. É mais caro o transporte do lixo para Guatapará do que a coleta casa por casa em toda a cidade.

Maquiagem
Moradores dos mais diferentes bairros garantem que terceiri­zados fazem um tipo de maquiagem nas vias principais. Pin­tam as guias de branco com cal e também levam a pintura para as árvores, na altura de um metro e meio, dando a im­pressão de limpeza para cobrir o serviço que garantem não ter sido realizado. A fiscalização pode apurar e constatar.

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