A produção brasileira de grãos na safra 2019/20, em fase de plantio, deve alcançar 246,6 milhões de toneladas, o que representa aumento de 1,9% em comparação com a safra 2018/19, equivalente a mais 4,6 milhões de toneladas. Os números fazem parte da terceira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta terça-feira, 10 de dezembro, e representam novo recorde da série histórica.
Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), também divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra nacional de grãos de 2020 deve atingir 240.913.898 milhões de toneladas, o que será um recorde. Se confirmado, o resultado vai ultrapassar em 33,6 mil toneladas o esperado para 2019. As estimativas indicam que as safras 2019 e 2020 devem se tornar as maiores da série histórica iniciada em 1975. Vão superar o atual recorde registrado em 2017, quando somou 238,4 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, a área semeada mantém a expectativa positiva de crescimento superior à safra passada, com variação de 1,5%, alcançando 64,2 milhões de hectares. “É bom lembrar que as culturas de segunda e terceira safras, além das de inverno, terão seus indicativos atualizados mais adiante, perto do período de cultivo”, explica a Conab. O IBGE calcula que os produtores brasileiros devem colher 63,8 milhões de hectares na safra agrícola de 2020, uma elevação de 1,1% em relação à área a ser colhida em 2019. A área colhida em 2019 é de 63,2 milhões de hectares, 3,7% maior que em 2018.
A safra nacional também deve atingir 240.880.344 milhões de toneladas em 2019. Com isso, supera o recorde de 2017, em 2,4 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, representa alta de 6,4% na comparação do que foi produzido em 2018, quando atingiu 226,5 milhões de toneladas. A expectativa de mais uma safra recorde de grãos não garante preços baixos nos alimentos, afirma Carlos Alfredo Guedes, analista da Coordenação de Agropecuária do IBGE. Segundo o pesquisador, os preços da soja e do milho, dois principais produtos brasileiros, dependerão de fatores externos, como a disputa entre Estados Unidos e China, e da demanda asiática por grãos.