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Ações da Ceterp
Em época em que as Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto estavam para ser englobadas pela Empresa Polo do Estado, o ministro das Comunicações Euclides Quandt de Oliveira acenou com a possibilidade de se manter a Ceterp sob a responsabi­lidade da prefeitura, caso ela tivesse condições de arcar com as expansões de telefonia e adequar-se às inovações técnicas.

Promitentes compradores
Os assinantes de telefônica passaram a ser promitentes com­pradores e tinham como garantia do investimento as ações da empresa, correspondentes ao preço do telefone. As expan­sões foram feitas e a Ceterp conseguiu manter-se, á custa de esforços de seus funcionários, sob a responsabilidade da prefeitura. Era considerada a “galinha dos ovos de ouro” das administrações. Passaram-se os anos e o prazo se esgotou para o pagamento do “Pacto Adjeto”, que era o nome que se dava à operação de financiamento da telefonia. A Ceterp não pagou e muitos ingressaram na Justiça. Alguns ganharam e tiveram interpostos recursos para esferas superiores.

Acordo
Na época de Antônio Palocci à frente do Palácio Rio Branco, foi votada uma lei oferecendo a oportunidade de que os assi­nantes desistissem das ações e recebessem R$ 600 de uma forma polêmica, questionada através da Secretaria da Fazenda, e de um banco que ficou encarregado do pagamento. A oposição garantia na época que não havia controle dos pagamentos.

Trinta milhões
Quando da venda, a Ceterp ficou sob a responsabilidade de fundos de pensões, que mandavam na empresa através de uma cláusula no contrato de compra e venda segundo a qual eles tinham o “poder de veto”. Se algo era pretendido pela diretoria da companhia, mas não interessava aos acionistas (majoritários), eles podiam vetar e impedir que se procedesse da melhor maneira administrativa.

Ninguém sabe, ninguém viu
Quando começaram as negociações com a Telefônica da Es­panha, foi aprovada uma lei na Câmara que determinava um prazo de dois anos para que os funcionários ficassem na Ce­terp e só depois poderiam ser dispensados, com todos os di­reitos reservados. Também ficou definido que valores em tor­no de R$ 30 milhões ficariam disponíveis para o pagamento do chamado “Pacto Adjeto”. Os funcionários continuaram na companhia, mas uma lei aprovada na Câmara autorizou a pre­feitura a embolsar o dinheiro. O acordo dos R$ 600 morreu ali.

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