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Expectativa de vida foi de 76,3 anos em 2018

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A expectativa de vida ao nascer subiu para 76,3 anos no Brasil em 2018, segundo as Tá­buas Completas de Mortalidade, divulgadas nesta quinta-feira, 28 de novembro, pelo Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi um aumento de três meses e quatro dias em relação a 2017. Além do aumento na expectativa de vida, houve que­da na mortalidade infantil entre 2017 e 2018, informa o IBGE.

As mulheres mantiveram o padrão de ter uma expectativa de vida maior do que a dos ho­mens. Em 2018, a diferença foi dos mesmos 7,1 anos registrados em 2017. A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em 2018, enquanto a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos. No Estado de São Paulo, a expectativa de vida ao nascer foi de 78,6 anos, para ambos os sexos.

Para as mulheres, essa ex­pectativa de vida ultrapassa os 80 anos: 81,6 anos. Para os ho­mens, foi de 75,6 anos. Significa dizer que uma paulista recém­-nascida esperaria viver, em média, seis anos a mais que um recém-nascido, em 2018. A taxa de mortalidade infantil foi de 9,3 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos (9,3/1000). Santa Catarina man­teve a condição de Estado com a maior expectativa de vida ao nascer no País.

Na média entre homens e mu­lheres, os catarinenses nascidos em 2018 têm expectativa de viver até 79,7 anos, enquanto no Mara­nhão, Estado com a pior condição, o número ficou em 71,1 anos. Já a expectativa de sobrevida aos 65 anos é maior no Espírito Santo. Uma pessoa idosa que comple­tasse 65 anos em 2018 no Espírito Santo teria a expectativa de vida de 20,4 anos. Considerando-se a diferença por sexo, a população idosa masculina capixaba viveria mais 18,4 anos e a feminina, 22,2 anos, segundo o IBGE.

Na outra ponta, os Estados com a pior expectativa devida aos 65 anos são Rondônia e Piauí. Na média entre homens e mulheres, uma pessoa que completasse 65 anos em 2018 em Rondônia te­ria expectativa de vida de mais 16,1 anos. As mulheres de Ron­dônia têm a pior expectativa de vida aos 65 anos no País, com mais 17,3 anos. Já entre os ho­mens, a menor expectativa está no Piauí, com 14,7 anos.

As informações sobre a ex­pectativa de vida do brasileiro são usadas como um dos parâ­metros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Ge­ral de Previdência Social. Segun­do o IBGE, a expectativa de vida das mulheres é maior por causa da violência. Em 2018, um ho­mem de 20 anos tinha 4,5 vezes mais chance de não completar 25 anos do que uma mulher no mesmo grupo de idade, fenôme­no que pode ser explicado “pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensi­dade a população masculina”.

“A partir de 1980, as mor­tes associadas às causas externas ou não naturais, que incluem os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais, etc., passaram a desem­penhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalida­de, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino”, diz a nota do IBGE.

A queda da mortalidade na infância (crianças menores de cin­co anos de idade) foi de 14,9 por mil nascidos vivos em 2017 para 14,4 por mil em 2018. A proba­bilidade de um recém-nascido do sexo masculino em 2018 não completar o primeiro ano de vida era de 13,3 a cada mil nascimen­tos. Já para as recém-nascidas, a chance era de 11,4 meninas não completarem o primeiro ano de vida, informou o IBGE.

“Das crianças que vieram a fa­lecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,5% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,5% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade”, diz a nota divul­gada pelo instituto. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organiza­ção das Nações Unidas (ONU), preveem como meta para todos os países a redução, até 2030, da taxa de mortalidade infantil até cinco anos para no máximo 25 por mil nascidos vivos.

Conforme um relatório da Unicef divulgado em setembro, na Argentina, a taxa ficou em 9,9 em 2018, ante 6,5 nos Estados Unidos, e 5,0 no Canadá e em Cuba. Na Nigéria, na costa oeste da África, a taxa de mortalidade infantil antes dos cinco anos é de 119,9 por mil nascidos vivos.

A mortalidade infantil no Brasil teve uma forte queda des­de 1940 – o IBGE usa 1940 como parâmetro porque foi a partir dali que foi verificada uma primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda nas taxas de mortalidade. Naquele ano, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%. A mortalida­de infantil, no grupo de zero a um ano de idade, apresentou declínio da ordem de 91,6%, passando de 146,6 por mil em 1940 para 12,4 por mil em 2018.

Segundo o IBGE, a queda na mortalidade infantil está re­lacionada com a melhoria nas condições sanitárias. Entre 1940 e 2018, também houve forte alta na expectativa de vida ao nascer. Em 1940, a expectativa de vida era de 45,5 anos, sendo 42,9 para homens e 48,3 anos para mulhe­res. “Entre 1940 e 1960, o Brasil praticamente reduziu pela me­tade a taxa bruta de mortalidade (o número de óbitos de um ano dividido pela população total em julho daquele mesmo ano), caindo de 20,9 óbitos para cada mil habitantes para 9,8 por mil”, diz a nota do IBGE. Na média en­tre homens e mulheres, a expecta­tiva de vida aumentou 30,8 anos entre 1940 e 2018.

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