Tribuna Ribeirão
Cultura

Músicos se unem em show solidário

CAROL VOLPE

Nesta quinta-feira, 28 de novembro, acontece em Ri­beirão Preto mais uma edição do “Canto Solidário”, a partir das 19h45, no Teatro Escola do Senai, na rua Capitão Salomão nº 1.813, nos Campos Elíseos, na Zona Norte. Pela quinta vez consecutiva na cidade, o evento reúne em um espetá­culo apresentações do Coral Santo Agostinho, Orquestra Filarmônica Senai de Ribeirão Preto e os músicos Alessandro Machado e Alessandra Freire.

Os ingressos estarão dispo­níveis na bilheteria do teatro e serão trocados por um quilo de alimento não perecível e um li­tro de leite longa vida. Toda a arrecadação será doada às en­tidades Recanto da Caridade, Casa do Vovô e Cantinho do Céu – Hospital de Retaguarda. Segundo Ricardo Ferreira, um dos organizadores do projeto, a origem deste espetáculo soli­dário começou em 2015, num bate-papo entre amigos do Co­ral Santo Agostinho.

Na conversa foi levantada a proposta de fazer uma apre­sentação do coral, convidando alguns outros grupos com o objetivo de ajudar entidades assistenciais. “Naquele ano, conseguimos alinhar uma apresentação da Banda Mar­cial do Alfeu Gasparini e realizamos a apresentação no próprio anfiteatro da es­cola municipal”, explica o coordenador. Ferreira lem­bra que a primeira entidade beneficiada foi a Casa da Vovô, seguida do Cantinho do Céu e, neste ano, pela primeira vez o Recanto da Caridade também receberá doações.

As atrações musicais do “Canto Solidário” mantém o Coral Santo Agostinho como grupo fixo em todas as edi­ções, por ser fundador do projeto e há dois anos tam­bém foi firmada a parceria entre o projeto e o Senai, com a participação permanente da Orquestra Filarmônica Senai de Ribeirão Preto. “Além das duas atrações, buscamos a cada dois anos apresentar convidados especiais. Neste ano, Alessandro Machado e a Alessandra Freire farão o show principal”, acrescenta o organizador.

Para os organizadores do projeto, o principal apelo deste projeto de final de ano é res­gatar a integração da música como modalidade artística e tocar o coração do público, com incentivo a prática da so­lidariedade. “A música já é um remédio para a alma, pois, em sua essência, já faz bem as pes­soas. Quando nós potencia­lizamos a arte com o objetivo solidário, ela consegue tocar diretamente no olhar de quem mais necessita da vibração mu­sical. Neste caso, com energia que o ‘Canto Solidário’ atinge na cidade, conseguimos envol­ver, de forma positiva, o pú­blico e a todos participantes”, conclui Ricardo Ferreira.

Recanto da Caridade
Fica na rua Padre Manoel Bernardes nº 1.700, no Jar­dim Piratininga, Zona Oeste de Ribeirão Preto. A institui­ção fornece café da manhã e almoço para a comunidade carente e pessoas necessita­das do próprio bairro. É uma instituição nova e pela carga horária que atua, das seis às 15 horas (às segundas, quar­tas e sextas-feiras), a mão de obra divide o posto de prin­cipal com necessidade de alimentos para fornecimento gratuito aos atendidos.

Casa do Vovô
Com 45 anos de experiên­cia na proteção social de alta complexidade (abrigo institu­cional), a Casa do Vovô acolhe idosos com idade igual ou su­perior a 60 anos, de ambos os sexos, residentes na cidade de Ribeirão Preto. O acolhimen­to na entidade é previsto para idosos desta faixa etária que não dispõem de condições de permanecer com suas famí­lias, com vivência de situações de violência e negligência, em situação de rua e de abando­no, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.

Cantinho do Céu
Instituição filantrópica, criada em 1983 em Ribeirão Preto, com o intuito de forne­cer cuidado integral a pacien­tes com paralisia cerebral, com sequelas severas, múltiplas e irreversíveis, decorrentes prin­cipalmente de anóxia neonatal. Os pacientes têm alto grau de dependência (não andam, não falam, não comem sozinhos) e por isso a Instituição oferece assistência multidisciplinar 24 horas por dia. Hoje, a institui­ção atende aproximadamente 60 pacientes, buscando pro­mover o conforto e a qualida­de de vida de todos. Dentre esses pacientes, aproximada­mente 30% recebem atendi­mento durante o dia e voltam para suas famílias à noite e 70% residem na entidade.

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