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Em confronto histórico, Flamengo e River Plate decidem Libertadores

DIVULGAÇÃO/FLAMENGO

Flamengo e River Plate­-ARG duelam neste sábado (23), às 17h, no estádio Monu­mental de Lima, no Peru, em duelo que marca a primeira fi­nal única da história da Liber­tadores da América.

Com futebol exuberante sob o comando do português Jorge Jesus, o Mengão chega para o duelo com o favoritis­mo jogando a seu favor. En­tretanto, o River, comandado por Marcelo Gallardo, é o atual campeão da competição e o melhor time da América do Sul no últimos anos.

Presente em três finais de Libertadores nos últimos cinco anos, “Los Millonarios”, como é conhecida a equipe argentina, tem grande bagagem na compe­tição, mas isso não é algo que assuste o técnico flamenguista.

“No dia em que decidi trei­nar o Flamengo, falei para mi­nha comissão preparar as ma­las que seríamos finalistas da Libertadores. Viemos com essa ideia. Chegamos à final contra um rival muito forte, com mais experiência. Mas isso não nos assusta. Sabemos o nosso va­lor”, disse Jorge Jesus.

Jesus colocou o Flamengo como o maior clube do mundo. Ele falou sobre o apoio maciço da apaixonada torcida do time rubro-negro, que lotou o aero­porto para se despedir do elen­co, e disse que a ideia é pensar na paixão dos torcedores e não na pressão natural que existe pela importância da partida.

“O Flamengo é o maior clube do mundo. Não esporti­vamente, que é o Real Madrid. Mas a sua dimensão, levando em conta os torcedores, é o maior clube do mundo”, opi­nou Jesus. “É uma nação atrás de um sonho. Amanhã [sába­do] vamos tentar fazer exata­mente isso. Temos a priorida­de do prazer e da paixão, sem pensar na pressão para não ficarmos atrofiados. Trabalha­mos com a vertente do prazer. A confiança e o prazer são o que nos move, sem pensar nas consequências positivas ou ne­gativas da final”, continuou.

Já Marcelo Gallardo, afir­mou que o confronto é equili­brado. Em sua terceira final de Libertadores nos últimos cinco anos – foi campeão nas duas vezes que disputou a decisão -, Gallardo elogiou o Flamengo e previu equilíbrio na partida. Ele entende que sua equipe tem boas chances de conquis­tar o pentacampeonato.

“Considero que estamos competindo por uma conquis­ta que as duas equipes chegam em ótimas condições na final. Parece que temos boas chan­ces para conseguir. Única coisa que espero é que seja um bom espetáculo de futebol. Consi­dero que temos muitos bons valores em campo”, afirmou Gallardo, o treinador mais vi­torioso da história do River, com 11 conquistas.

Muñeco, como é conheci­do, descartou que sua equipe tenha vantagem por ser a atual campeã. Ele não vê favoritis­mo para nenhum dos lados. “Somos o último campeão da América e trataremos de fazer valer isso contra um rival mui­to forte”, disse o comandante argentino. “Somos candidatos. O que vem de fora não nos in­comoda. A partida se resolve em campo”, emendou.

Nenhum dos técnicos fez mistério e ambos revelaram os jogadores que começam jo­gando. O Flamengo não tem nenhum desfalque e vai com força máxima para o jogo.

O Mengão vai começar a partida com a seguinte escala­ção: Diego Alves; Rafinha, Ro­drigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gérson, Arrascaeta e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabigol.

Já o River Plate vem a campo com a seguinte formação: Ar­mani; Montiel, Martínez Quar­ta, Pinola e Casco; Nacho Fer­nández, Enzo Pérez, Palacios e De La Cruz; Borré e Suárez.

Após 38 anos
O Flamengo volta a dispu­tar uma final de Libertadores após 38 anos. A última vez que o Mengão participou de uma decisão foi em 1981, diante do Cobreloa, do Chile, quando sa­grou-se campeão.
Com os jogadores Zico, Jú­nior e Adílio, o time comanda­do por Paulo César Carpegiani, conquistou o título mais impor­tante do futebol sul-americano.

Fato curioso é que o con­fronto foi decidido em três partidas. Após o Flamengo vencer no Maracanã por 2 a 1 e perder no jogo de volta por 1 a 0, em Santiago, um terceiro confronto foi realizado no es­tádio Centenário, em Monte­video, no Uruguai.

Craque do time, Zico foi o autor dos quatro gols marcados pelo Flamengo nos jogos das finais. Além do Galinho, o plan­tel Rubro-Negro contava com grandes craques como Júnior, Leandro, Adílio, Mozer e Tita.

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