O presidente da Alesp, deputado Cauê Macris (PSDB), assinou nesta quinta-feira (21) um ato para impedir a realização de evento com homenagem ao ditador chileno. “O ato será publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22)”, escreveu o tucano. A homenagem foi marcada na agenda oficial para 10 de dezembro, data em que se comemora Dia Internacional dos Direitos Humanos e também aniversário da morte de Pinochet no Palácio Nove de Julho, sede do Legislativo estadual, no Ibirapuera. O evento foi protocolado na semana passada.
Já a deputada estadual Beth Sahão (PT) apresentou denúncia ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa para apurar suposta apologia à tortura que poderia levar à cassação do mandato de Frederico d’Ávila. De acordo com a petista, o parlamentar do PSL cometeu o crime pelo fato de a ditadura chilena ter levado mais de 200 mil pessoas ao exílio e um saldo de três mil mortos e milhares de torturados, além de desaparecidos.
“Promover o ato em sua homenagem, ou tentar a promoção de elogiar um criminoso internacional, e festejar como um prenúncio de que os crimes praticados pelo ditador facínora, o autor da homenagem promove apologia aos seus crimes internacionais”, acusa a deputada. Para ela, “o deputado em questão agiu intencionalmente para a produção da apologia aos crimes de tortura, terrorismo e genocídio contrariando de forma contumaz, enquanto autoridade pública as regras da legislação brasileira e seus pactos internacionais”.