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Hong Kong – Cem manifestantes ocupam universidade

ATHIT PERAWONGMETHA/REUTERS

A polícia de Hong Kong está convocando os jovens manifes­tantes antigoverno, que ocupam um campus universitário, a se entregarem. Um oficial de alto escalão disse a repórteres, na quar­ta-feira (20), que a polícia deteve cerca de mil pessoas à medida em que elas deixavam o campus. A corporação informa que libe­rou os menores de 18 anos de­pois de obter suas identificações.

A previsão é de que cerca de 100 pessoas ainda ocupavam a Universidade Politécnica de Hong Kong até o fechamento desta edição. Muitos perma­necem no local com medo de serem presos, já que a polícia está cercando o campus. A imprensa local informou que manifestantes têm tentado es­capar tarde da noite para evitar serem pegos pela polícia.

Hong Kong está com elei­ções distritais marcadas para domingo (24). O governo local reitera que a violência e os atos de sabotagem contra as redes de transporte público devem ser interrompidos imediata­mente para que as eleições se­jam realizadas. O Senado dos Estados Unidos (EUA) apro­vou por unanimidade uma le­gislação para apoiar os direitos humanos e a democracia em Hong Kong, onde manifesta­ções persistem há meses.

Na terça-feira (19), os sena­dores aprovaram a Lei de Di­reitos Humanos e Democracia de Hong Kong. Ela pede que seja verificada uma possível erosão do sistema chinês de “um país, dois sistemas” que deveria dar alto nível de auto­nomia a Hong Kong. Ela tam­bém permitiria a imposição de sanções contra autoridades chinesas responsáveis por vio­lações de direitos humanos.

O projeto visa a demonstrar o apoio dos EUA aos ativistas pró-democracia de Hong Kong. Alguns deles participaram de audiências no Congresso ame­ricano para defender a aprova­ção do projeto. A legislação será discutida pelo Senado e pela Câ­mara dos Representantes, que já aprovou sua própria versão, an­tes de ser enviada ao presidente Donald Trump.

O governo chinês já deu a entender que vai adotar medidas retaliatórias caso a lei entre em vigor. Trump teria prometido por telefone, em junho, ao presi­dente chinês, Xi Jinping, que não iria criticar a resposta de Pequim às manifestações. Analistas ago­ra estão focados na possibilidade de Trump sancionar ou não a lei em meio às negociações comer­ciais com a China.

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