Tribuna Ribeirão
Política

Senado aprova a PEC paralela

ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

O Senado aprovou nesta ter­ça-feira, 19 de novembro, em se­gundo turno, por 53 votos a sete, a proposta de emenda à Consti­tuição que permite a inclusão de Estados e municípios na refor­ma da Previdência. A chamada PEC Paralela segue agora para a Câmara dos Deputados, onde enfrenta resistências.

“Vamos entregar [a PEC] agora para a Câmara, que natu­ralmente terá um longo debate nas comissões. Mas, sem dúvida nenhuma, é uma resposta do Senado ao equilíbrio fiscal dos estados e municípios”, disse o presidente do Senado, Davi Al­columbre (DEM-AP).

A PEC Paralela foi uma sa­ída encontrada pelo relator da PEC da reforma da Previdência, Tasso Jereissati (PSDB-CE), para fazer alterações na reforma sem que o texto original tivesse que voltar para a Câmara dos De­putados. Assim, ele não alterou a PEC original, a nº 06, e levou alterações para a PEC Paralela.

No aspecto fiscal, a principal medida é a inclusão de servido­res de estados e municípios na proposta. Esses entes e o Dis­trito Federal poderiam adotar integralmente as mesmas regras aplicáveis ao regime próprio de Previdência Social da União por meio de lei ordinária. A expec­tativa é de que este ponto seja responsável por uma economia de R$ 350 bilhões em dez anos.

Ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Jereissati acatou uma sugestão do senador Otto Alencar (PS­D-BA) que altera essa forma de adesão: estados, Distrito Federal e municípios agora podem “de­legar à União a competência le­gislativa” para definir os critérios de aposentadoria dos servidores locais – como tempo de contri­buição e a idade mínima.

Essa delegação pode ser re­vogada “a qualquer tempo”, por meio de lei de iniciativa de go­vernadores ou prefeitos. Jereis­sati acatou ainda emenda que beneficia profissionais da área de segurança pública, peritos criminais e guardas municipais, além de oficiais e agentes de in­teligência da atividade fim da Agência Brasileira de Inteligên­cia (Abin). Esses profissionais terão regras diferenciadas de aposentadoria, previstas em um projeto de lei complementar.

Dentre os destaques apre­sentados no plenário, ainda em primeiro turno, apenas um foi aprovado. A aprovação ocorreu após acordo realizado entre o partido autor do destaque, Rede, a liderança do governo e o rela­tor da PEC, Tasso Jereissati. No acordo, Jereissati incluiu uma transição no cálculo da aposen­tadoria por um período de cinco anos, após negociar com a Rede, que queria dez anos de transição.

Dessa maneira, o cálculo da aposentadoria começa con­siderando a média de 80% dos maiores salários já recebidos pelo trabalhador; em 2022 sobe para 90% e em 2025 será feito um cálculo em cima de todo o período contributivo, incluindo também os salários mais baixos já recebidos por ele.

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