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O peso das mamas grandes

Recentemente fiquei sensibilizado com o depoimento de uma paciente relatando o quanto eram desconfortáveis suas mamas enormes e que, desde a adolescência, sofre bullying com piadinhas e gestos insultuosos, abalando sua autoestima.

O tamanho das mamas como padrão de beleza vai de­pender muito das raízes culturais de cada povo ou região. Contudo, mamas muito volumosas podem ser chamadas de gigantomastia e trazer vários desconfortos e ser consideradas doentes merecendo, até mesmo, um tratamento cirúrgico.

Há mulheres que convivem com assaduras freqüentes embaixo das mamas junto à parte superior do abdomen porque o suor e o contato da mama na região propiciam o aparecimento de fungos ou micoses, causando coceira, alteração da coloração da pele no local e muito desconforto. As alças dos sutiãs também ferem seus ombros e os deixam marcados com sulcos.

Estas mulheres também podem sentir dor pelo efeito na­tural da gravidade sobre as glândulas e ter distúrbios ortopé­dicos na coluna. Como mamas grandes têm mais glândulas mamárias, o risco de câncer de mama também é maior. Por isso a necessidade de consultar sempre um mastologista que saberá dizer a necessidade ou não de uma cirurgia.

Geralmente o tratamento busca reduzir o volume das mamas de forma a devolver às mulheres um aspecto de ma­mas saudáveis, com um tamanho que seja harmônico com seu corpo.

São cirurgias delicadas, pois é necessário muito cuidado com a nutrição das aréolas, uma vez que muito tecido é reti­rado e pode haver falta de vascularização para a região central da mama reconstruída, o que causaria necrose ou morte da aréola e do mamilo.

Porém, não é preciso ter medo! Ao longo dos anos, as cirurgias mamárias evoluíram muito e, assumindo técnicas de cirurgia plástica, cada vez mais o mastologista usa o seu conhecimento no domínio das mamas para realizar cirur­gias seguras.

O conhecimento das doenças permite que este especialis­ta esteja habilitado, uma vez treinado para isto, para analisar as mamas individualmente, planejar a cirurgia e resolver as eventuais complicações com toda a segurança e eficiência necessária.

São procedimentos reconstrutores e não meramente esté­ticos. Lembre-se mama bonita é mama saudável!

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