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Brasil fecha o Mundial de Atletismo Paralímpico com inédita segunda colocação

(Ale Cabral/CPB)
Por João Prata

O Brasil fechou o Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai com a inédita segunda colocação no quadro de medalhas. Com dois bronzes conquistados nesta sexta-feira, o País deixa os Emirados Árabes Unidos com 39 pódios no total – sendo 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes. Ficou atrás somente da China, que sobrou com 55 medalhas (24 ouros, 21 pratas e 10 bronzes) e finalizou à frente de potências como Grã-Bretanha, Estados Unidos e Rússia.

“Estamos extremamente contentes com o resultado obtido. A performance dos nossos atletas foi fenomenal, o desempenho dos técnicos também tem de ser destacado. Treinamos muito para estar aqui, só temos que agradecer o empenho deles e agora começa a expectativa para Tóquio-2020”, comemorou Jonas Freire, diretor técnico adjunto do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O vice supera a campanha em Lyon-2013, quando a delegação brasileira terminou em terceiro lugar. Na edição francesa, no entanto, o Brasil faturou um pódio a mais. Em Londres-2017, a mais recente edição, o País ficou em nono, com 21 medalhas. O presidente do CPB, Mizael Conrado, destacou a evolução das marcas nacionais. Segundo seus cálculos, somente cinco brasileiros que subiram no pódio em Lyon ganhariam medalhas nesta mais recente edição.

“Nossa expectativa para Tóquio é bastante positiva. Se pegar o penúltimo Mundial, Doha-2015, que antecedeu o Rio-2016, o Brasil conquistou oito medalhas no atletismo e repetiu o mesmo número em Londres. Se repetir 14 ouros vai ser muito importante para nossa campanha”, afirmou o mandatário do CPB.

Em Dubai, os 14 campeões nacionais garantiram vaga para os Jogos de Tóquio-2020. E outros cinco atletas obtiveram o índice para a próxima edição das Paralimpíadas – estes só não estão confirmados porque há ainda a possibilidade de outros competidores superarem seus tempos.

Os números da delegação brasileira nos Emirados Árabes Unidos superaram as expectativas da comissão técnica. No total, foram quatro recordes mundiais batidos. Destaque para os 10s42 de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T-47, resultado que fez do paraibano o atleta paralímpico mais rápido do mundo entre todas as classes. Alessandro Rodrigo e Beth Gomes também fizeram a melhor marca do planeta no lançamento de disco e Cícero Lins foi o recordista no lançamento de dardo.

Os brasileiros estiveram em 45 finais na atual edição do Mundial e em 87% delas terminaram com medalhas. Foram 10 recordes continentais e 9 recordes do campeonato obtidos por atletas do País. A próxima edição do evento está marcada para 2021 na cidade de Kobe, no Japão.

Confira o quadro final de medalhas do Mundial:

1.º – CHINA – 25 ouros, 23 pratas e 11 bronzes: 59 (no total)

2.º – BRASIL – 14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes: 39

3.º – GRÃ-BRETANHA – 13 ouros, 9 pratas e 6 bronzes: 28

4.º – ESTADOS UNIDOS – 12 ouros, 10 pratas e 12 bronzes: 34

5.º – UCRÂNIA – 11 ouros, 8 pratas e 8 bronzes: 27

6.º – RÚSSIA – 10 ouros, 16 pratas e 15 bronzes: 41

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