Bolsonaro cancela o DPVAT
Nesta coluna, entrevistamos várias pessoas ligadas ao trânsito que nos confidenciaram vários problemas ocorridos com pagamentos de indenizações por mortes e tratamentos de vitimas de acidentes nas cidades e rodovias. Há muito tempo entrevistamos o responsável pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que registrava a sua estranheza ao constatar a realização de uma grande convenção de corretores de seguros para prepará-los para a venda de apólices. Ele argumentava: “Como vender apólices se o seguro é obrigatório?” Afirmava ainda que os custos eram altíssimos.
Montes Claros de Minas – o fio da meada
Na região de Montes Claros de Minas Gerais, o promotor público doutor Paulo Márcio, que trabalhou em São Sebastião do Paraíso e foi professor da Unifenas naquela localidade, foi chamado a apurar uma série de irregularidades no pagamento de indenizações dos mais variados tipos. Muitas pessoas se passavam por vítimas e recebiam o dinheiro em nome das famílias com o conluio de vários profissionais. Foram prejuízos de milhões de reais. A empresa Líder, um pool de seguradoras que tinha a missão de administrar o dinheiro do DPVAT, era quem pagava todas as despesas e ainda aplicava o dinheiro com custos altos a apenas 2% nos grandes bancos. O assunto ainda vai longe e as apurações da Polícia Federal prosseguem.
Reduziram o valor do pagamento
Quando se descobriu o rombo, as autoridades resolveram reduzir os valores que eram pagos pelo DPVAT no país todo. Houve uma dedução de quase 40%. Posteriormente o caso chegou ao presidente da República, que resolveu cancelar o referido DPVAT para acabar com a corrupção.
Palestra e entrevista
O promotor que descobriu os desvios do dinheiro dos proprietários de veículos deverá estar em nossa cidade brevemente para fazer uma palestra a alunos de uma universidade e para conceder entrevista ao programa Larga Brasa.