A vida de uma associação exige muito de quem se dispõe a dirigi-la, assim como a Academia de Letras de Ribeirão Preto, com seu número limitadíssimo de sócios-acadêmicos.
Afinal, mesmo com a finalidade de cultivar as letras literárias, não lhe escapa o dever social de estar presente na sociedade, divulgando o que merece ser divulgado de suas experiências, especialmente trabalhando, mediante parceria profícua, o potencial de estudantes colegiais, que oferecem a gratuidade de seu espirito à novidade do mundo, que se incorpora a ele, fazendo-o consciência.
Para essa disponibilidade de dirigir uma associação, como a Academia de Letras, cada presidente, cada diretoria no seu tempo, e na sua vez, emplaca sua contribuição, ou como continuação da anterior, ou como luz nova.
Deve-se conhecer e celebrar a história, sempre com espírito crítico, seja da associação, da cidade, do país, do povo, no caso específico da Academia de Letras, a celebração atual encerra-se completamente na figura do presidente, o médico e poeta Carlos Roberto Ferriani e sua diretoria, que chega ao final de seu mandato, aprofundando as raízes da Academia, na sociedade, através de iniciativas que envolveram entidades e escolas, associação como o Rotary Clube, que extravasa seu sentimento de solidariedade, através do apoio a concurso literário, que galvaniza o entusiasmo da juventude.
Um mérito personalíssimo de Ferriani é a sua habilidade e elegância pessoal em ligar os contrários.
Carlos Roberto Ferriani receberá a homenagem que merece, como patrono da Feira do Livro e Leitura do próximo ano.
Vê-se, pois, que o espírito de justiça ainda não foi embora. Ele merece.
Seu sucessor, Waldomiro W. Peixoto, poeta, escritor, é a certeza seguinte.
Parabéns ao que foi. Parabéns ao que chega.