Por meio de ofício encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o vereador Igor Oliveira (MDB) pede que a instalação de uma passarela para travessia de pedestres sobre a Rodovia Alexandre Balbo (SP-328), no Anel Viário Norte de Ribeirão Preto, seja inserida na pauta de discussões da Comissão de Transportes da Casa de Leis. Quem vive ali diz que a infraestrutura viária não acompanhou a expansão da cidade.
O parlamentar justifica que a construção é necessária por causa dos novos bairros construídos às margens da rodovia, como o Jardim Cristo Redentor. Com quase sete mil casas e uma população de aproximadamente 35 mil pessoas, muitos moradores correm risco de morte ao atravessar a pista, além dos motoristas que transitam pelo local – um dos trechos com maior incidência de óbitos neste ano, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
A única passagem que existe, por baixo da rodovia, só tem um trecho com calçada. Também não tem redutor de velocidade. Os moradores cobram uma solução. Diferentemente da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário Sul), onde o limite de velocidade é de 90 quilômetros por hora, no Anel Viário Norte – continuação da mesma via – o limite é de 110 quilômetros por hora. Além disso, não há radar no trecho.
De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), no contrato de concessão do trecho, assinado com a Entrevias, empresa que administra a rodovia, está prevista a implantação de passarelas nos quilômetros 331 e 333 do Anel Viário Norte, mas o cronograma indica que as obras só devem começar em 2023.
“Não podemos esperar tanto. Vidas podem ser perdidas caso o Estado não acelere esse processo”, afirma Igor Oliveira. Ele diz ainda que também entrou em contato com o setor de engenharia da agência e foi informado de que um estudo recente não apontou a necessidade imediata da implantação da passarela. “Nós solicitamos esse estudo e também a realização de um novo para a constatação da necessidade de travessia segura dos moradores daqueles bairros”, conclui o parlamentar.
Recentemente, a concessionária Entrevias informou à Artesp que estudos técnicos constataram que o fluxo de travessia no trecho é pequeno. Uma contagem recente da quantidade de pedestres na rodovia não indicou a instalação de passarela, conforme determinam as normas técnicas. “No entanto, ciente do aumento populacional com a entrega de novos residenciais na região do Anel Viário Norte, a empresa apresentou à Artesp um conjunto de medidas para aumentar a segurança no trecho, principalmente em relação a coibir o excesso de velocidade”, diz. A instalação de radares de velocidade é uma das medidas propostas e está em análise.