O Theatro Pedro II recebe nesta terça-feira, 12 de novembro, o Sexteto Colibri com o show “Pixinguinha Vivo!”, uma homenagem ao maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro considerado o “pai do Choro”. O espetáculo integra o Projeto Amigos da Casa. A apresentação terá início às 20 horas, com direção artística de Tina Oliveira. Atualmente, o Sexteto Colibri é formado por Sônia Maria (voz), Paulo Lakimé (sax), Alexandre Araújo (trombone) e Disritmia Núcleo de Dança.
O grupo Sexteto Colibri, especialista em choro, vai apresentar alguns dos mais lindos temas da nossa música popular, como “Rosa”, “Lamentos”, “Carinhoso”, entre outros, contribuindo para a valorização e divulgação da arte em forma de chorinho e também representa um ponto de partida para as novas gerações entrarem em contato com parte da obra do grande gênio da música popular brasileira que foi Pixinguinha.
Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). Estão à venda no guichê do espaço cultural. A meia-entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professores, supervisores, diretores, coordenadores pedagógicos e titulares de quadro de apoio das escolas da rede pública (municipal e estadual) com apresentação de holerite ou documentação, idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cédula de identidade, RG) e portadores de deficiência com um acompanhante. Crianças menores de dois anos não pagam.
Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. A Fundação Pedro II também proíbe o consumo de comidas e bebidas no local. O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefone para mais informações: (16) 3977-8111. O espetáculo é livre.
O espetáculo integra o projeto Amigos da Casa, da Fundação Dom Pedro II, lançado para valorizar os artistas locais e democratizar o acesso à cultura, com uma proposta de formação de público para apresentações artísticas nas áreas de música, teatro e dança, em um dos principais cartões-postais de Ribeirão Preto e segundo maior teatro de ópera do Brasil, o Theatro Pedro II.
Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (1897- 1973), foi maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves e Mário Reis.
No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias. Quando compôs “Carinhoso”, entre 1916 e 1917 e “Lamentos” em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, “Carinhoso” na época não foi considerado choro, e sim uma polca.
Outras composições, entre centenas, são “Rosa”, “Vou vivendo”, “Lamentos”, “1 x 0”, “Naquele tempo” e “Sofres porque Queres”. Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava, e morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimônia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma.
No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
Em novembro de 2016, entretanto, foi descoberto que a verdadeira data de nascimento do compositor é 4 de maio de 1897, e não 23 de abril, como se acreditava até então. Apesar disso, a data de comemoração do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada.
Amigos da Casa
Desde que o projeto “Amigos da Casa” foi implantado, em 2009, o Theatro Pedro II é palco para que os artistas da cidade tenham a oportunidade de aprimorar e desenvolver seus espetáculos, promovendo a arte e a cultura junto à comunidade com o objetivo de democratizar o acesso e formação de plateia.