Seja para sair, ficar em casa e até mesmo para trabalhar, as roupas fazem parte da nossa rotina. Mesmo mantendo um relacionamento com as peças há anos, não conhecemos as suas especificidades, principalmente na hora da lavagem. Segundo Iago Yoshimine, idealizador da Wash Expert – lavanderia com um conceito inovador -, e especialista em lavagem, o principal erro é retirar as etiquetas.
“No material estão todas as informações sobre manusear as roupas durante a lavagem, a secagem e a passadoria, seja em casa ou na lavanderia. Sem seguir as orientações, é muito provável que a peça estrague ou se deteriore mais rápido”, comenta.
A melhor maneira de preservar o tecido é conhecer as instruções do fabricante por meio das etiquetas. Os símbolos são fáceis de interpretar. Para Yoshimine, o primeiro passo está na lavagem. “O sinal mais comum é um recipiente com o número 70. Ele significa que a peça pode ser lavada à mão e à máquina, com água fria ou até 70º, pois se tiver corante ele não sairá”, explica.
“Outro ponto de destaque é a figura de um balde com um X, ele indica que não pode lavar com água. O aviso está presente quando a peça é de fibra natural ou animal e, se molhar, o tecido, pode encolher. Como exemplos estão a seda e a lã. A melhor maneira de se preservar esses tipos de tecidos é com o processo Wetcleaning – sistema que usa detergentes especiais que protegem as fibras do tecido”, aponta o especialista.
Na hora de lavar as pessoas costumam utilizar alvejantes, o produto ajuda sim, mas tem de ter cautela. “O alvejamento é simbolizado por um triângulo. Quando a figura está em branco, é sinal que pode-se alvejar com todo o tipo de produto, principalmente com os à base de cloro. Mas é necessário cuidado, pois pode amarelar a peça. Já o triangulo com riscos é sinal de um alvejante à base de oxigênio, muito utilizado nas lavanderias em peças coloridas e floridas”, diz Yoshimine.
De acordo com o especialista, outra etapa que requer atenção é a secagem. “As instruções devem ser seguidas, pois é nesta etapa que pode acontecer o encolhimento do tecido. A temperatura também precisa estar correta. O importante é respeitar as etiquetas, pois vemos muitas camisas que mudam do tamanho M para o P. O essencial é ver qual a temperatura que a peça aguenta. Até a secagem no varal exige cuidado. Uma roupa escura não pode ficar exposta ao sol, pois ela mancha”, observa.
“O momento mais temido pela maioria da população é a passadoria. Quem nunca queimou a sua camiseta favorita? Para isso não acontecer, a temperatura do ferro é essencial. Tem peças que suportam até 110 graus. Se o ferro estiver em 150 graus, devemos esperar alguns minutos para a temperatura cair, pois ela não abaixa imediatamente. Seguindo a instrução, as peças ficarão alinhadas e bonitas”, analisa Yoshimine.
“A dica é sempre preservar as etiquetas. Elas são o manual de instruções das roupas. Se tiver dúvida ou dificuldade nos processos de manutenção da peças, conte com os serviços da lavanderia. Nossos profissionais são especializados em deixar as roupas novas, como saíram da loja”, finaliza Yoshimine.