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Marinha nega mancha de óleo no sul da Bahia

DIEGO NIGRO/REUTERS

Em nota oficial, a Marinha negou nesta quarta-feira, 30 de outubro, que haja óleo no mar, próximo à costa da Bahia. “Em relação à possível mancha que estaria avançando pelo mar da Bahia, informamos que não se trata de óleo. Foram feitas qua­tro avaliações para confirmar: consulta aos especialistas da ITOF, monitoramento aéreo e por navios na região e por meio de satélite”, sustenta a nota. “Se­gundo especialistas do ITOF, ela possui diversas características, podendo ser nuvem, fenômeno da ressurgência no mar etc.”

A Marinha acrescentou que “a gravidade, a extensão e o ine­ditismo desse crime ambiental exigem constante avaliação da estrutura e dos recursos mate­riais e humanos empregados, no tempo e quantitativo que for ne­cessário”. Pesquisadores da Uni­versidade Federal de Alagoas (Ufal) detectaram uma gigantes­ca mancha de óleo no mar junto ao litoral sul da Bahia. A obser­vação foi feita na última segun­da-feira (28), por um satélite da Agência Espacial Europeia. Pela primeira vez desde o acidente, cientistas conseguem observar o óleo no mar. Para os especia­listas, de acordo com o padrão da mancha, o óleo poderia estar vindo do fundo do oceano.

O pesquisador Humber­to Barbosa, do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), in­formou que a mancha tem um formato de meia lua, com 55 quilômetros de extensão e seis quilômetros de largura. O óleo estaria a 54 quilômetros da costa da Bahia, na altura dos municí­pios de Itamaraju e Prado. “Foi a primeira vez que observamos, neste caso, uma imagem de sa­télite que detectou uma faixa da mancha de óleo original ainda não fragmentada e ainda não carregada pela correnteza”, ex­plicou Barbosa.

Na imagem do satélite Sen­tinel podem ser vistos ainda três navios, formando uma es­pécie de triângulo nas proximi­dades do óleo. Pelo padrão da mancha, no entanto, o pesqui­sador afirma que não se trata de um derramamento, mas sim de um vazamento oriundo do fun­do do mar. Ele lembrou ainda que, naquela região, há poços de petróleo sendo perfurados. Análises feitas pela Petrobras indicam que o óleo que chegou às praias do Nordeste seriam oriundas da Venezuela.

A hipótese mais provável para o derramamento seria, então, um vazamento de um navio fantasma, que estaria transportando óleo venezue­lano irregularmente. Nenhum naufrágio foi registrado oficial­mente, mas, sendo um navio irregular, pode haver algum tipo de carregamento vazando no fundo do mar.

A equipe do Ibama que par­ticipa do monitoramento da área do arquipélago de Abro­lhos, no litoral sul da Bahia, afirmou que, em sobrevoo feito nesta quarta-feira (30), sobre a região, não foi detectada nenhu­ma mancha de derramamento de óleo na área. As manchas de óleo que apareceram nesta semana mostraram que o der­ramamento segue para a região do sul da Bahia, aproximando­-se de Abrolhos, uma das regi­ões mais belas e ricas em biodi­versidade da América da Sul.

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