Tribuna Ribeirão
Geral

Leilão da Welness arrecada R$ 300 mil

JF PIMENTA/ARQUIVO0

Depois de 15 anos de processos advindos da Operação Lince, em São Paulo, a 4ª Vara Federal de Ribeirão Preto determinou a venda de 252 itens da Academia Wellness, no Novo Shopping Center, na Ribeirâ­nia, Zona Leste da cidade. O leilão terminou nesta quarta-feira, 30 de ou­tubro, e arrecadou R$ 300 mil. Estavam disponíveis para lances halteres, balizas, pesos, amortecedores e outros itens para malhação por meio da Mais Ativo Judicial, através do leiloeiro Júlio Abdo Costa Calil.

Interessados também encontraram móveis e eletrônicos, como com­putadores, TVs e armários, e até mesmo uma BMW X5 importada ano 2003, com lance inicial de R$ 40 mil. Mais de 160 aparelhos de aca­demia estavam à venda com propostas a partir de R$ 16. A academia pertence ao empresário José Antônio Martins, conhecido como Jam.

Ele foi preso em novembro de 2005 em Ribeirão Preto em um apar­tamento na avenida Professor João Fiúsa, na Zona Sul, no âmbito da Operação Lince. A investigação da Polícia Federal revelou que Jam comprava produtos de informática a preços baixos na Ásia e os revendia no Brasil com lucro de mais de 500%. O negócio ilícito renderia R$ 50 milhões por mês para a quadrilha.

Os produtos passavam por Miami, depois seguia de avião para o Uru­guai e, pelas estradas, entrava no Rio Grande do Sul. Em pequenos aviões o contrabando vinha para Ribeirão Preto e então era distribu­ído para os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Porém, em 2002, um caminhão carregado de mercadorias, uma carga avaliada em R$ 5 milhões, foi apreendido pela Polícia Fe­deral e levado para um porto seco da Receita Federal, em Jaguarão.

No ataque, no dia 7 de dezembro, a quadrilha foi até o porto e, se passando por agentes da Polícia Federal, os homens conseguiram render os seguranças do local. O grupo chegou a dar soníferos para os vigias. Um rastreamento feito em ligações telefônicas antes do resgate das mercadorias ajudou a PF a chegar até Jam e o grupo dele. Em Ribeirão Preto foram descobertos equipamentos médicos que seriam vendidos pras clínicas da cidade. A Justiça Federal con­denou José Antônio a pena de quase oito anos de cadeia, que ele já cumpriu e hoje está em liberdade.

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