O preço do etanol voltou a subir nas unidades produtoras do estado de São Paulo, entre 19 e 25 de outubro, a sexta alta seguida depois de uma leve queda de 0,53% em meados de setembro, segundo dados divulgados pelo Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
O último levantamento mostra que o litro do hidratado aumentou 1,03%, de R$ 1,8036 para R$ 1,8221. Nas semanas anteriores as altas foram de 0,18% no dia 18, mais 1,8% no dia 11, subiu 1,23% no dia 4, de 1,46% em 27 de setembro e de 1,64% no dia 20 do mês passado. O produto acumula elevação de 7,34% em cerca de 40 dias.
O levantamento semanal aponta que a tendência é a mesma em relação ao preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, com elevação de 0,16%, de R$ 1,9839 para R$ 1,9870 na sexta-feira (25), depois de cinco aumentos: 0,95% no dia 18, de 1,27% no dia 11, mais 1,17% no dia 4, outros 2,43% no final de setembro e 1,52% em meados do mês passado, respectivamente. Em cerca de 40 dias, a correção chega a 7,5%.
Há cerca de dez dias, a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto, iniciativa que reúne 85 revendedores de combustíveis, o equivalente a 50% do mercado local, comunicou que poderá ocorrer um aumento no preço do litro do etanol nas bombas por causa da alta nas unidades produtoras. “De acordo com os representantes da iniciativa, o impacto nas bombas será semelhante ao valor praticado pelas distribuidoras aos revendedores (donos de postos)”, diz a nota.
No final de setembro, o preço do hidratado subiu até 14,7% nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto. A gasolina também ficou até 8,7% mais cara. O reajuste é reflexo das altas nas unidades produtoras – os preços dos produtos subiram nas usinas paulistas e nas refinarias da Petrobras e, segundo os representantes dos revendedores, as distribuidoras, que trabalham com estoque limitado, repassaram o ônus aos comerciantes, com impacto para o consumidor. O derivado de petróleo acumula alta de 6% nas refinarias da Petrobras desde 19 de setembro, quando subiu 3,5% – dia 27 do mês passado aumentou 2,5%.
Na maioria, dos mais de 150 postos bandeirados da cidade, o preço do litro do etanol saltou de R$ 2,50 (R$ 2,499) em média para R$ 2,80 (R$ 2,799), alta de 12% e acréscimo de R$ 0,30 – há estabelecimentos que vendem o álcool por R$ 2,71 (R$ 2,709). Nos sem-bandeira, passou de R$ 2,38 (R$ 2,379) em média para R$ 2,73 (R$ 2,729), alta de 14,7% e aporte de R$ 0,35, mas é possível encontrar o hidratado por R$ 2,58 (R$ 2,579). O consumidor deve pesquisar porque há locais que oferecem desconto para quem pagar em dinheiro.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 20 e 26 de outubro, em 108 cidades paulistas, o preço médio do derivado de cana-de-açúcar em Ribeirão Preto é de R$ 2,748, queda de 0,72% em relação ao valor cobrado até dia 19, de R$ 2,768, desconto de R$ 0,02.
Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o litro da gasolina saltou de R$ 4,20 (R$ 4,198) em média para R$ 4,40 (R$ 4,399), alta de 4,7% e acréscimo de R$ 0,20, mas é possível encontrar o produto por R$ 4,31 (R$ 4,309). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo passou de R$ 4,00 (R$ 3,999) em média para R$ 4,35 (R$ 4,349), aumento de 8,7% e aporte de R$ 0,35. Alguns revendedores cobram menos, cerca de R$ 4,08 (R$ 4,079). O consumidor deve pesquisar porque também há desconto no derivado de petróleo para pagamento em dinheiro.
Segundo o mais recente levantamento da ANP, o preço médio do litro da gasolina em Ribeirão Preto é de R$ 4,287, retração de 1,4% e abatimento de R$ 0,062 em comparação com os R$ 4,349 do período anterior. O litro do diesel custa R$ 3,629, reajuste de 1,03% e acréscimo de R$ 0,037 em relação aos R$ 3,592 praticados até dia 18.
Nas bombas, varia entre R$ 3,39 (R$ 3,389) e R$ 3,50 (R$ 3,499) nos independentes entre R$ 3,70 (R$ 3,699), R$ 3,77 (R$ 3,769) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos franqueados. O consumidor deve pesquisar. Na sexta-feira (25), a Petrobras reduziu o preço do produto nas refinarias, mas o percentual da queda para o consumidor depende do polo de abastecimento.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,748 para o álcool e R$ 4,287 para a gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 64,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados e sem-bandeira da cidade, a paridade está entre 63,6% e 62,7%, respectivamente.