Tribuna Ribeirão
Economia

Black Friday – Média de desconto deve ficar em 24%

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Cada vez mais incorporada ao calendário de datas come­morativas do varejo nacional, a Black Friday deve mobilizar mais empresários neste ano, acompanhando a tendência de recuperação da economia. Da­dos apurados em todas as regi­ões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Pro­teção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que 21% dos empre­sários brasileiros, que atuam no comércio e no ramo de ser­viços, devem aderir ao dia de promoções em 2019, que neste ano será comemorada no dia 29 de novembro.

O percentual médio de des­conto deve girar em torno de 24%, um pouco abaixo do que os 29% da pesquisa de 2018. Se as estimativas se confirmarem, haverá um crescimento de ade­sões, uma vez que em 2018, 16% dos empresários partici­param do evento.

De modo geral, os empre­sários que vão aderir a Black Friday estão esperançosos com a data e veem potencial na edi­ção deste ano. A pesquisa apon­ta que 43% dos empresários consultados acreditam que, durante o evento, as vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado, enquanto 32% falam em estabilidade. Apenas 11% projetam vendas piores.

A experiência em anos anteriores explica a razão do otimismo desses empresários. Dentre os que aderiram a Bla­ck Friday em 2018, a maioria (63%) obteve bons resultados de vendas, seja por terem ven­dido acima das expectativas (20%) ou obtido um resultado conforme o esperado (43%). Em contrapartida, pouco mais de um terço (34%) dos empre­sários registrou vendas abaixo do projetado.

Considerando os empresá­rios que vão participar da Black Friday deste ano, seis em cada dez (57%) acreditam que a data representa uma oportunidade para divulgar a loja e prospec­tar novos clientes e 43% veem a chance de aumentar as vendas. Há ainda um quarto (25%) de empresários que querem deso­var estoques parados. Já para os que optaram em não participar da edição, o principal argu­mento é o fato de não acredita­rem que as vendas aumentem no período (60%). Outros 17% pensam que somente grandes marcas participam da Black Friday e, por isso, avaliam que é melhor não competir com elas.

Quanto às formas de pre­paração, as promoções espe­ciais (55%) serão a principal estratégia dos empresários. Há ainda 42% que vão investir na divulgação da empresa, 23% que planejam aumentar os es­toques, 16% que vão apostar na variedade de produtos e servi­ços ofertados e 11% que irão investir na operação das ven­das pela internet, alcançando um público maior.

Nos últimos anos muito tem se falado sobre a possível interferência da Black Friday nas compras de Natal, a data mais lucrativa do varejo para o ano. No entanto, os empre­sários sondados dizem, em sua maioria, que uma data não prejudica a outra. Para 54% esse tipo de interferência não existe e para 33%, o evento até mesmo contribui para o Natal vender ainda mais. Outros 8% falam em prejuízo no Natal por conta das vendas antecipadas na Black Friday.

A pesquisa ouviu 1.177 em­presários de todos os portes que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco re­giões do país, tanto nas capitais quando no interior. A margem de erro é de no máximo 3 pon­tos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Pellizzaro Junior orienta que para atender bem a experiência de compra dos consumidores, os empre­sários que decidirem aderir a Black Friday precisam estar de­vidamente preparados, com es­toques organizados e em quan­tidade suficiente para atender a demanda dos consumidores.

“A logística para receber os clientes e entregar os produtos em tempo hábil também são pontos de atenção, assim como uma política transparente de descontos vantajosos. O consu­midor que compra na Black Fri­day está mais experiente e sabe a quem recorrer caso se sinta enganado.
Hoje existem diver­sos mecanismos de verificação de preço e de compartilhamento de opiniões. O empresário que não estiver preparado pode cau­sar uma impressão negativa do consumidor, que não vai querer voltar a sua loja”, afirma.

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