Os revendedores do gás de cozinha estimam que o preço do botijão de 13 quilos vendido em Ribeirão Preto ficará entre R$ 2 e R$ 3 mais caro ainda nesta semana. Na terça-feira, 22 de outubro, a Petrobras anunciou reajuste médio de 5% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) residencial e de 3% para o industrial, em suas refinarias.
Com o reajuste, o preço médio do botijão de 13 quilos nas refinarias passou de R$ 24,06 para R$ 25,26. A Petrobras entrega o GLP para ser envasado pelas distribuidoras. A estatal passou a cobrar R$ 1.943,34 por tonelada, contra R$ 1.850,84 anteriormente. O ultimo reajuste havia sido feito em 5 de agosto. A alteração foi antecipada na segunda-feira (21) pelo Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás).
O Sindigás estimava aumento entre 4,8% e 5,3% para o GLP residencial – varia de acordo com a região do país – e entre 2,9% e 3,2% para o empresarial cujo preço médio saltou para R$ 2.009,34 por tonelada. Deste agosto, o produto era vendido por R$ 1 950,8/t nas refinarias da estatal. Os preços são para pagamentos à vista e sem os tributos.
“O preço do GLP empresarial e do GLP residencial está praticamente igual, o que é um bom sinal para o mercado”, diz o Sindigás em nota sobre uma antiga reivindicação da indústria. Segundo os distribuidores de GLP, por se tratar da mesma molécula, não havia sentido para a diferença expressiva de preço entre os dois produtos.
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. Para definir o preço do botijão de 13 quilos do gás de cozinha que será repassado ao consumidor , os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, a logística, a tributação e a margem de lucro dos estabelecimentos.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 municípios paulistas entre 13 e 19 de outubro, o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto, depois de meses na liderança e há mais de dois anos oscilando entre o primeiro quinto lugar, não aparece mais no ranking dos dez mais caros do estado e é o 47º da lista.
A queda surpreendeu, pois vários revendedores ainda praticam preços acima de R$ 80 e com, o novo aumento, deve subir ainda mais. De acordo com a ANP, o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo ribeirão-pretano custa R$ 67,47 (mínimo de R$ 59 e máximo de R$ 85), retração de 11,9% em relação ao valor cobrado até dia 12, de R$ 76,57 (piso de R$ 65 e teto de R$ 90).
Depois de muito tempo o produto vendido em Ribeirão Preto também está sendo repassado ao consumidor por menos de R$ 80. Até dia 5, era a única cidade do levantamento feito pela ANP em que o produto custava mais de R$ 80. Os revendedores de Ribeirão Preto pagam hoje R$ 55,67 pelo botijão (mínimo de R$ 47 e teto de R$ 60).
A variação entre o valor pago pelo revendedor e pelo consumidor chega a chega a 21,2%, diferença de R$ 11,80. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da região: São Carlos repassa o GLP por R$ 78,36 (piso de R$ 69,90 e teto de R$ 91), cerca de 16,1% acima ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 10.89. Em Araraquara, custa R$ 77,17 (piso de R$ 65 e teto de R$ 85).
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 67,47) ainda está R$ 14,97 acima do praticado em Olímpia, de R$ 52,50 (mínimo de R$ 51 e máximo de R$ 60), o produto mais barato do estado, variação de 28,5%. O gás ribeirão-pretano havia aparecido no topo do ranking na primeira semana de junho, entre os dias 2 e 8, quando era negociado a R$ 82,43, em media, e depois oscilou entre o segundo, terceiro e quarto lugares, mas liderou o ranking entre o final de junho e o começo de outubro.