Tribuna Ribeirão
Política

Reforma será promulgada em novembro

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

Após a conclusão da refor­ma da Previdência na Câmara e no Senado, a data da promul­gação da medida ainda é in­certa. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que agendará uma sessão do Congresso Nacional para promulgar a reforma em 5, 12 ou 19 de novembro.

O “coração” da reforma da Previdência, como a idade mínima e regras de transição, entra em vigor assim que a pro­posta for promulgada. Outras alterações, que dependem de edição de uma lei complemen­tar, como alíquotas previden­ciárias, passam a valer quatro meses após a promulgação.

“Alguns trechos da emen­da constitucional começam a vigorar a partir da promulga­ção, outros trechos começam a vigorar a partir do ano seguin­te. Então ninguém vai ganhar nem perder, todo mundo vai ganhar”, disse, em tom de brin­cadeira, ao fazer referência a um discurso da ex-presidente Dilma Rousseff.

Até a promulgação, Alco­lumbre quer aprovar a Propos­ta de Emenda à Constituição (PEC) paralela, que inclui Es­tados e municípios na reforma, e também um projeto de lei regulamentando a extensão da aposentadoria especial por peri­culosidade, que fez parte de um acordo na reta final da votação da reforma no Senado. “Não é uma condição”, ponderou.

A PEC paralela deve ser vo­tada na Comissão de Constitui­ção e Justiça (CCJ) no próximo dia 6. Alcolumbre manifestou intenção de votar o texto no mesmo dia no plenário do Sena­do e já deixá-lo pronto para ser analisado pela Câmara. O sena­dor assumiu interinamente nes­ta quarta-feira, 23 de outubro, a Presidência da República.

Terceiro na fila de sucessão presidencial – antes dele estão o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara –, ele exercerá a presi­dência até sexta-feira (25), quan­do Mourão, que viajou ao Peru, retorna ao Brasil. Também estão fora do País o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que está no Japão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que viajou à Europa.

Acordo
Mesmo apontando para uma economia de R$ 800,3 bilhões em dez anos, o governo não con­seguiu manter o texto da refor­ma da Previdência como queria durante sessão do Senado, nesta quarta-feira. Na reta final da vo­tação, os senadores aprovaram uma alteração proposta pelo PT que garante aposentadoria espe­cial por periculosidade por 78 vo­tos favoráveis, nenhum contrário e nenhuma abstenção.

Com isso, a votação foi con­cluída e o texto segue para pro­mulgação. Na terça-feira (22), o texto principal da reforma foi aprovado em segundo turno por 60 votos a 19. De acordo com o secretário especial de Previdên­cia e Trabalho, Rogério Mari­nho, não há impacto fiscal com o destaque o PT e os R$ 800 bi­lhões estão garantidos. O custo que havia sido calculado com a alteração, de R$ 23,3 bilhões, está relacionado à judicialização do tema e não entrou na conta da redução dos gastos diretos com a reforma, argumentou.

Neste ano, a previsão é que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos regimes próprios de servido­res federais civis e militares chegue a R$ 292 bilhões. Em único ano, o governo precisa gastar o equivalente a dez or­çamentos anuais do Bolsa Fa­mília para cobrir o rombo nas aposentadorias e pensões.

Segundo a equipe econômi­ca, a reforma aprovada não vai acabar com o rombo, mas estan­cará o processo de aumento do rombo. Ela prevê que novos tra­balhadores só poderão se apo­sentar com idades de 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens), tanto na iniciativa privada quan­to no setor público federal, com tempo mínimo de contribuição de 15 anos (mulheres), 20 anos (homens) e 25 anos para servi­dores de ambos os sexos. Profes­sores, policiais e profissionais ex­postos a agentes nocivos (como quem trabalha na mineração) têm regras mais brandas.

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