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ISS e IPTU: ‘Refis’ deve seguir até 14 de novembro

ALFREDO RISK/ ARQUIVO

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) já enviou nesta quinta-feira, 10 de outu­bro, projeto que prorroga, até 14 de novembro, o prazo para adesão ao programa “Fique em Dia Ribeirão II”, uma espécie de “Refis municipal”, destinado ao parcelamento e até isenção de juros e 90% de desconto nas multas de dívidas vencidas do Imposto Sobre Serviço (ISS) e do Imposto Predial e Territo­rial Urbano (IPTU), além de sanções administrativas.

O líder do governo no Legislativo, André Trindade (DEM), pediu urgência para que a proposta seja votada na sessão de terça-feira (15), com efeito retroativo, já que o prazo original para adesão termina nesta sexta-feira (11). O pro­jeto deve ser aprovado. Desde que entrou em vigor, em 26 de agosto, e até 18 de setem­bro, o programa parcelou R$ 231.670,52 – valor referente a 1.099 dívidas – e fechou 4.814 pagamentos à vista, no total de R$ 1.637.314,38.

O montante negociado com estes 5.913 munícipes inadimplentes chega a R$ 1.868.984,90 e representa 9,3% dos R$ 20 milhões que a Se­cretaria Municipal da Fazenda pretende arrecadar. O número de inadimplentes também é aproximado, pois cada deve­dor pode ter mais de uma pen­dência com o erário de Ribei­rão Preto.

A renegociação pode ser feita pessoalmente no setor de atendimento Secretaria Municipal da Fazenda, na rua Lafaiete nº 1.000, na região central da cidade, das nove às 16 horas, ou no Poupatempo, no Novo Shopping Center, na avenida Presidente Kennedy nº 1.500, no bairro Ribeirânia, na Zona Leste. A adesão online pode ser feita no portal www. ribeiraopreto.sp.gov.br.

O programa não contempla débitos com o Departamento de Água e Esgotos (Daerp), com a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Tran­serp) e nem a Companhia Ha­bitacional de Ribeirão Preto (Cohab-RP). A “Lei do Refis Municipal” foi sancionada pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de 23 de agosto.

É mais uma oportunidade para regularizar suas dívidas tributárias e não tributárias inscritas ou não na dívida ati­va, quitar os débitos e sair da lista do “nome sujo na praça”. Sem o Cadastro de Pessoa Fí­sica (CPF) negativado, voltará a ter crédito para consumir no comércio. A lei proporciona descontos a débitos decorren­tes de fatos geradores até 31 de julho deste ano.

Parcelamento
O projeto de lei ainda con­templa o parcelamento que pode ser feito em até 15 pres­tações mensais e consecutivas, devendo a primeira ser quitada até dois dias úteis após a cele­bração do acordo e o valor da parcela não poderá ser inferior a R$ 100. A aplicação dos juros sobre o saldo devedor respeita­rá as regras previstas no pedi­do de parcelamento ordinário, com utilização da taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O atraso no pagamento de qualquer parce­la por prazo superior a 60 dias levará à rescisão do acordo.

Na primeira edição da campanha “Fique em dia Ri­beirão”, lançada em 19 de ju­lho de 2017 – no primeiro ano de Duarte Nogueira Júnior (PSDB) frente à prefeitura – e destinada à regularização de débitos da dívida ativa junto à Fazenda Pública de Ribeirão Preto, com o intuito de receber impostos e taxas em atraso, a arrecadação chegou a R$ 82,05 milhões até o final de dezem­bro daquele ano. Foram 10.769 parcelamentos que renderam R$ 45,72 milhões aos cofres públicos e mais R$ 36,33 mi­lhões em pagamentos à vista.

Levantamento feito pelo Tribuna junto à Secretaria Mu­nicipal da Fazenda no início deste ano revelou que 105.909 contribuintes estavam inscri­tos na dívida ativa do municí­pio pelo não pagamento de tri­butos municipais. O número representa 15% da população de Ribeirão Preto, atualmente de 703.293 pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geogra­fia e Estatística (IBGE). Vale ressaltar que o débito é incluí­do na dívida ativa na mudança do exercício fiscal – ou seja, de um ano para o outro.

O valor dos débitos tam­bém impressiona e totaliza R$ 656,26 milhões que deixaram de entrar nos cofres munici­pais. A maior parte das dívi­das refere-se à inadimplência no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de R$ 148,2 milhões, ao não pagamento das taxas de funcionamento, de R$ 12,9 milhões e ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natu­reza fixo (ISSQN), de R$ 12,4 milhões. Só para se ter uma ideia do tamanho do rombo, o total que a prefeitura tem a re­ceber é superior ao Orçamento de Sertãozinho para este ano, estimado em R$ 456 milhões.

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