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Trio vai dividir o Nobel de Física

Os pesquisadores James Peebles, nascido no Canadá e naturalizado americano, Mi­chel Mayor e Didier Queloz, ambos da Suíça, foram laure­ados na terça-feira (8) com o Prêmio Nobel de Física 2019 por suas contribuições para o entendimento da evolução do Universo e do lugar que a Terra ocupa no Cosmos.

Peebles vai receber metade do prêmio, pelas descobertas te­óricas da cosmologia física. Eles dividirão o prêmio equivalente a R$ 3,72 milhões. Já Mayor e Queloz vão ganhar a outra me­tade pela descoberta de um exo­planeta orbitando uma estrela solar. O trabalho teórico de Pee­ble, desenvolvido ao longo de duas décadas, é a base do nosso entendimento moderno sobre a história do Universo, desde o Big Bang aos dias atuais.

Ele avaliou os 14 bilhões de idade do Universo e estabeleceu as teorias sobre sua composição. Os resultados nos mostraram que apenas 5% do Universo é conhecido – a matéria que constitui estrelas, planetas, árvo­res e seres humanos. O restante, 95%, é matéria escura desconhe­cida e energia escura. Este é um mistério e um desafio para a físi­ca moderna.

Após passarem um tempo procurando a Via Láctea por mundos desconhecidos, Mayor e Queloz fizeram a primeira des­coberta em 1995, do exoplaneta Pegaso 51. A dupla suíça iniciou uma revolução na Astronomia e, desde então, mais de quatro mil exoplanetas foram descobertos na Via Láctea.

“Novos mundos estranhos ainda estão sendo descobertos, com uma incrível riqueza de tamanhos, formas e órbitas”, aponta o comitê do Nobel. Entre 1901 e 2018, o Nobel de Física foi entregue 112 vezes; em 47 ocasiões, apenas um pesquisa­dor foi laureado. Mas somente três mulheres foram agraciadas com o prêmio até hoje: Maria Curie, em 1903; Maria Go­eppert-Mayer, em 1963; e Don­na Strickland, em 2018.

Nobel de Medicina
O Prêmio Nobel de Medi­cina de 2019 foi concedido aos cientistas William G. Kaelin Jr., Sir Peter J. Ratcliffe e Gregg L. Semenza “pelas suas descober­tas de como as células sentem e se adaptam à disponibilida­de de oxigênio”. O anúncio foi feito na segunda-feira (7), em Estocolmo, na Suécia.
Na página oficial do Twitter, a organização do Nobel anuncia os três vencedores com um trabalho que “revela os mecanismos mole­culares que demonstram como as células se adaptam às variações no fornecimento de oxigênio”. Os vencedores são dois norte-a­mericanos e um inglês.

Nobel de Química
O Prêmio Nobel de Quí­mica 2019 foi concedido nesta quarta-feira (9) a três cientistas – John B. Goodenough (ameri­cano), M. Stanley Wittingham (britânico) e Akira Yoshino (japonês) – pelo desenvolvi­mento de baterias para telefo­nes celulares (íon de lítio).

O anúncio foi feito em Esto­colmo, na Suécia, pela Real Aca­demia de Ciências. A informa­ção foi dada pelo secretário geral da academia, Goran Hansson. Os ganhadores dividirão R$ 3,7 milhões. Bateria de íon de lítio é um tipo de bateria recarregável muito utilizada em equipamen­tos eletrônicos portáteis, como celulares, por exemplo. Arma­zenam o dobro de energia que uma bateria de hidreto metálico de níquel e três vezes mais que uma bateria de níquel cádmio.

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