Tribuna Ribeirão
Cultura

Série traz Cida Moreira ao Minaz

A série “Ópera e Outros Cantos” recebe nesta sexta­-feira, 4 de outubro, às 20h30, no Teatro Minaz, a cantora, pianista e atriz Cida Moreira com o show “Aos que estão por vir, um concerto cabaret”. Ela integrou elencos de inú­meros filmes, gravou vários álbuns musicais e apresen­tou-se no Brasil e em vários países do mundo com um re­pertório extenso dando sem­pre ênfase ao teatro musical.

O espetáculo musical pre­senteará o público com as composições de Bertolt Bre­cht (1898-1956) pela perti­nência, pela universalidade, pela estranheza e pela beleza que vem daquilo que resulta da consciência poética de to­dos os tempos. O Teatro Mi­naz fica na rua Carlos Chagas nº 273, Jardim Paulista, e tem capacidade para 266 pessoas.

A série “Ópera e Outros Cantos” é uma parceria do Sesc Ribeirão Preto com a Cia. Minaz que já dura dez anos. O espetáculo não tem restrição de idade. A entra­da é franca, mas os ingressos devem ser retirados com an­tecedência na bilheteria da companhia, também na rua Carlos Chagas nº 259.

Cida Moreira também ficou conhecida no universo do blues por interpretar várias canções de Janis Joplin (1943-1970). Gra­vou seis discos, fez nove filmes e realizou inúmeros espetácu­los musicais, numa trajetória original, onde firmou-se como identidade artística muito forte e determinante. Dentre os ál­buns gravados, um deles ao vivo, “Summertime” (1981). O mais recente é “Soledade Solo” (2017).

Cida Moreira começou sua carreira profissional em 1977, como atriz de teatro, na peça “A farsa da noiva bombardea­da”, de Alcides Nogueira, com direção de Marcio Aurélio, de­pois de uma trajetória artística que vinha desde cinco anos, quando começou a estudar piano e a cantar em progra­mas de rádio no interior de São Paulo. Seguiu com os estu­dos musicais e atividade como cantora, em corais, e no teatro amador, em Londrina (PR), e depois numa intensa atividade artística na universidade, onde começou a fazer teatro, e fez vários espetáculos musicais.

Em 1978 foi convidada por Luiz Roberto Galízia a parti­cipar do Teatro Ornitorrin­co, que estava sendo fundado naquele ano. Realizou vários trabalhos com o grupo entre 1978 e 1982, principalmente o “Teatro do Ornitorrinco Can­ta Brecht e Weill”, com o qual percorreu o país por dois anos de muito sucesso. Ao mesmo tempo, participou como atriz da montagem original da “Ópera do Malandro”, de Chico Buar­que, no Rio de Janeiro, com di­reção de Luiz Antônio Martinez Corrêa, e da remontagem de “Os Saltimbancos”, com direção de Antonio Pedro. Nesta fase da carreira tornou-se uma es­pecialista nas canções teatrais, característica que moldou defi­nitivamente sua personalidade como cantora.

Em 1980, após a tempora­da da “Ópera do Malandro”, começou uma carreira como cantora com o show “Sum­mertime”, com direção de José Possi Neto; de imenso sucesso, espetáculo que percorreu todo o país, teve as melhores críticas e que resultou no convite para a gravação de seu primeiro disco, “Summertime”, uma gravação ao vivo do show, realizada no Teatro Lira Paulistana, em julho de 1981 e lançado como disco independente, numa época fértil da música em São Paulo, onde vários talentos surgiram e se firmaram no mercado.

Em 1981 ainda fez o espe­táculo “Às margens plácidas”, com o grupo Pod Minoga, como convidada, e em 1982 participou com o Ornitorrin­co da montagem de “Maha­gony Songspiel”, de Bertold Brecht e Kurt Weill (1900- 1950), onde realizou também a direção musical. A partir desse ano, dividiu-se entre o teatro, a música e o cinema.

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