As verdadeiras ministras
As autoridades financeiras e econômicas do país gastam milhões com institutos e empresas gabaritadas para realizar pesquisas sobre variação de preços e suas variáveis em cada região e também sobre os produtos sazonais. Sempre erram. O fator preponderante para os “equívocos” é simples: não ouvem as verdadeiras ministras da Economia do país, as donas de casa. Elas sabem detectar quando os preços sobem ou caem, quais são os “da época” e como “dar a volta’ para o dinheiro não escorra pelo ralo
Ao invés de…
Ao invés de se gastar tanto dinheiro com “enchedores de linguiça” e seus neologismos anacrônicos, deveriam ser diretos: ouvir a dona de casa. Todos teriam a dimensão exata do que fazer. Elas sabem quando trocar de marca para garantir o abastecimento sem onerar o orçamento doméstico e sempre checam o peso dos produtos – muitos fabricantes, principalmente de derivados de leite, alteram a medida. Seria um alerta muito mais confiável para o consumidor e também para o estabelecimento, evitando punições por parte dos órgãos que defendem os consumidores. Fica a dica. ”Se avisar, não há crime”
Lei da Mordomia
As autoridades em Brasília, mais graduadas, tem uma garantia que os simples mortais não podem possuem. A chamada Lei da Mordomia. Tem direito a franquia postal, telegráfica e telefônica. Empregadas para suas casas pelas quais não pagam aluguel. Grandes depósitos para guardar carne, embutidos e outros produtos. Podem abastecer o carro sem preocupação. Não conhecem o preço do etanol, da gasolina e do diesel e muito menos de um pãozinho. Em um debate entre candidatos ao governo de São Paulo, um deles não sabia quanto custava o pão francês. Ficou embasbacado na resposta e perdeu a eleição
Em Ribeirão Preto…
Ribeirão Preto também já teve a chamada Lei da Mordomia. O prefeito pagava aluguel e os empregados da casa. Mas não bancava o combustível e o estoque de produtos servidos nas recepções de autoridades em sua residência. Houve uma grita geral e a lei foi derrubada. Há muito tempo…