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Doenças da tireoide – câncer – final

Em matéria anterior publicada aqui mesmo nesse espaço focamos a importância da glândula tireoide que, não obstante, ser pequena e com formato de uma borboleta e que está situada na base do pescoço, desempenha um papel crucial no organismo como um todo, dado que ela “coordena” diversas outras glândulas, além de exercer importante influência em diversos órgãos como o coração, os pulmões e o cérebro, entre outros.

Essa glândula como qualquer outro órgão do corpo também está sujeita a doenças diversas e até o câncer também. Já havíamos citados que os quatro tipos de câncer de tireoide existentes e que vão desde o chamado tumor papilífero que é o mais frequente e o de mais fácil diagnóstico, tratamento e o mais fácil de ser curado com resposta ao tratamento acima de 90% dos casos até o denominado anaplásico que é o mais agressivo, mas felizmente o mais raro.

Pois bem, é de grande importância conhecer os sintomas do câncer de tireoide. Notar que a simples presença de um caroço na base do pes­coço não significa câncer, pois grande parte deles são benignos e nada têm a ver com câncer.

Entretanto, se a pessoa for descendente de pessoas que tiveram ou têm câncer de tireoide ou se a pessoa passou por tratamento com radiação no pescoço ou se houver o aparecimento de rouquidão essas condições podem ser consideradas fatores de risco para câncer de tireoide.

Em qualquer caso, a presença de um caroço desse tipo é motivo para a pessoa fazer uma consulta com um médico especialista em doenças da tireoide e que é ou um endocrinologista ou mesmo um médico clínico geral que é a porta de entrada para o tratamento de qualquer distúrbio no corpo humano ou ainda com um médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço.

Esses médicos farão uma consulta e um exame detalhado da pessoa porta­dora de caroço(s) no pescoço e junto com exames de laboratórios e de imagem principalmente ultrassom, tomografia e ressonância nuclear magnética seguida de um outro exame chamado PBAAF ( Punção Biópsia Aspirativa por Agulha Fina ) que determinarão em conjunto o diagnóstico de câncer de tireoide.

Fechado o diagnóstico, o médico endocrinologista institui o tratamento, que é cirúrgico e que deve ser realizado pelo médico cirurgião especializado em cirurgia de cabeça e pescoço ou por um cirurgião geral com experiência nesse tipo de cirurgia e que consiste na retirada do tumor que se estiver localizado é removido somente o segmento tumoral, mas quase sempre é feita a remoção completa da glândula tireoide e se estiver se disseminando por tecidos contíguos esses serão igualmente removidos o que se denomina esvaziamento cervical.

Já o tratamento com radioterapia e quimioterapia muito frequente utilizado em outros tipos de câncer, no caso dos tumores de tireoide, quase sempre não são usados.

Por outro lado, uma modalidade de tratamento usado no caso de tumo­res de tireoide é o iodo radioativo o que ocorre só quando o paciente após a remoção da tireoide encontra-se em hipotireoidismo.

O resultado das diversas modalidades de tratamento para os diversos tipos de câncer de tireoide é muito bom sendo que em alguns casos a cura definitiva pode atingir valores acima de 90% exceto o chamado anaplásico que é um tumor extremamente maligno e agressivo, mas felizmente bem mais raro e que leva quase sempre ao óbito. Como a pessoa teve a sua tireoi­de retirada torna-se necessário a reposição dos hormônios que a glândula produz normalmente.
Nesse caso a pessoa necessita de acompanhamento de seu médico endocri­nologista ou cirurgião de cabeça e pescoço a vida inteira não só para a reposição hormonal como também para monitorar o possível retorno da doença.

Assim, a pessoa seguindo as orientações estabelecidas pelo seu médico e também seguindo os princípios de uma vida saudável, isto é, uma dieta ba­lanceada, hidratação abundante, ter uma atividade física do tipo caminhada diária, evitar uma vida estressante, consumo moderado de bebidas alcoó­licas e sobretudo não fumar de jeito nenhum, a pessoa reúne os requisitos para se viver plenamente e é isso que eu, dr. Adão, como médico e como pessoa, desejo a você: que você tenha uma vida longa e feliz.

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