A vitória do Botafogo diante do Vila Nova colocou o Pantera novamente no G-4, mas não foi o ponto mais importante do triunfo fora de casa. O tão sonhado “bom desempenho” da equipe comandada por Hemerson Maria pôde ser visto, principalmente, na primeira etapa do confronto.
Com as linhas de marcação bem definidas, o sistema defensivo cresceu de produção e chegou aos 4 jogos sem ser vazado. A melhora passa pelo entendimento dos atletas em relação ao sistema de jogo proposto pelo treinador. O amadurecimento da ideia na cabeça dos atletas trouxe maturidade para o futebol praticado.
Mais combativo, o Botafogo passou a desarmar mais. Com as linhas mais baixas, dando espaço para o adversário jogar até o meio-campo e pressionando no terço defensivo, o Pantera dificulta o adversário e tem a possibilidade de roubar a bola numa posição mais confortável para contra-atacar.
O próximo passo do treinador, e mais difícil, é encontrar o balanço ofensivo da equipe. A equipe ainda sofre com o baixo desempenho dos atacantes que atuam pelo lado do campo. Erick Luís, Bruno José e Diego Gonçalves tem colecionado jogos ruins e ainda dificultam o trabalho de Hemerson Maria.
Júlio César é o expoente técnico da posição, entretanto, tem tido dificuldades físicas para render melhor. Conseguindo aplicar o equilíbrio entre os setores, o Botafogo pode, de fato, entrar na briga por uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro.
O treinador, inclusive, destacou após o triunfo que está ciente de que o resultado foi importante, mas que a equipe ainda precisa de alguns encaixes para elevar o nível de desempenho.
“O resultado foi muito bom, mas temos que melhorar muito para brigar por uma das quatro vagas no G-4. Ainda tenho que fazer minha equipe jogar um futebol consistente. Temos que melhorar para brigar por essa vaga. Precisamos de uma sequência de resultados positivos, principalmente em casa, para trazer a torcida de volta. Vamos continuar trabalhando com os pés no chão. Aqui não tem ninguém eufórico com a vitória”, afirmou.