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A história do ‘Curupira’
O Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali, o “Curupira”, ficou à mar­gem da preocupação de alguns governos passados. Sempre foi um local usado pelos moradores de várias regiões para a prática da caminhada. A área foi preservada como um verdadeiro oásis dentro da cidade. Era pedreira (do Bragheto) quando ainda não existiam avenidas nas proximidades do extenso terreno. A cobiça pela pedreira e também pelas terras ao redor, que mantinham inúme­ras árvores, era imensa, da mesma forma que era e ainda é a região do Bosque Municipal, verdadeiro pulmão de oxigênio de Ribeirão Preto. Já tentaram, em outras épocas, acabar com o zoológico e transformá-lo em loteamento. Houve uma grita geral por parte dos moradores dos Campos Eliseos e o projeto foi abortado.

Setenta torres
A empresa dona daquela gleba fez uma parceria com a construtora Encol com o objetivo de construir 70 torres, prédios altos dentro do contexto que seria naturalmente preservado se a cobiça não pairasse sobre o local. Estava tudo pronto. Um vereador e repórter inquieto resolveu pesquisar e constatou que o projeto caminhava célere pelos escaninhos burocráticos. Através da Câmara, elaborou um projeto de lei criando a área de preservação e denominando-a de “Curupira, protetor das florestas”. Foi aprovado como votaram também a cons­tituição do Parque Curupira , lei questionada pelos advogados como sendo “vício de iniciativa” (não poderia ser de iniciativa de vereador, tão somente do Executivo). Mas, assim ficou.

Mudança de governo
Em meio às pendengas sobre ser ou não vício de iniciativa, houve a mudança de prefeito e o que entrou no Palácio Rio Branco cha­mou o vereador e repórter e lhe disse que, mesmo sendo questio­nada a autoria da criação do parque, mas não da área de preser­vação ambiental, ele enviaria outro projeto à Câmara mantendo a ação do parlamentar na sua luta para criação do parque. Foi encaminhada a mensagem do Executivo criando o Parque Curu­pira e deixando patente que era decorrente da lei do Legislativo e do vereador que queria preservar a área.

Crescimento vertical
O prefeito da época colocou como exigência um item a ser obe­decido. Dizia que, ao derredor da área, não poderiam ser constru­ídas edificações acima de quatro andares. O parque, que já estava pronto, através de licitação realizada pela prefeitura, foi aberto ao público. No início foi uma “benção” para os moradores das ime­diações, como diziam. Hoje o alcaide esta fazendo uma parceria com plano de saúde para reformular e reconstituir aquele parque. O vereador e repórter, mais um grupo de ambientalistas, tiveram o cuidado de cadastrar árvore por árvore para que não se retirasse uma sequer na construção de todo o contexto. Posteriormente, colocou-se o nome do ex-prefeito Jábali, mas ainda a grande maioria da população conhece o local como “Parque Curupira”.

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