Tribuna Ribeirão
Esportes

Cuca evita polêmica com Jorge Jesus e diz que não é ultrapassado

Uma entrevista do técnico do Flamengo, Jorge Jesus, con­cedida no ano passado reper­cutiu nesta quarta-feira no São Paulo. Na ocasião, o português disse que os treinadores brasi­leiros haviam sido ultrapassa­dos pelos europeus. O técnico Cuca, comandante da equipe paulista, evitou polêmica, mas discordou com a afirmação.

Cuca foi questionado sobre a declaração de Jorge Jesus em entrevista coletiva nesta quar­ta-feira, após o treino do São Paulo no CT da Barra Funda. O técnico tricolor deu uma longa resposta e disse que não se sente “de forma alguma ultrapassado”

“As coisas têm que ser dividi­das. Seria muito fácil eu vir aqui e rebater o que ele falou. Essa entrevista foi na Arábia, no ano passado. Tem muita gente pen­sando que ele está no Brasil fa­lando mal do técnico brasileiro. Ele estava no Al-Hilal falando para uma TV ou um jornal fran­cês, que divulgou agora. Acho que essa pergunta que você me faz poderia ser feita para o Jor­ge Jesus, agora que ele tem um conhecimento maior do fute­bol brasileiro e dos treinadores, ainda que não tenha enfrentado todos. Ele vai poder dizer se teve alguma dificuldade com algum time ou se os treinadores estão ultrapassados”, disse Cuca.

O treinador acredita que Jor­ge Jesus já tenha mudado de opi­nião sobre os colegas brasileiros. “Acho que ele é um cara que tem ética profissional, tem respeito, foi muito bem recebido no Bra­sil por todos nós. Teve um curso na CBF, o (Vagner) Mancini me dizia agora, e todos os 20 que es­tavam lá o receberam de forma maravilhosa. Acho muito raro que ele venha falar isso hoje O sentimento dele hoje não seria esse”, comentou.

Ele afirmou que não se sen­te ultrapassado em sua função. “Não me sinto de forma algu­ma ultrapassado. Sigo tudo que é jogo, tudo que é treinamento. Se comparar com os de fora, você não vê diferença. Hoje é tudo online, tudo integrado. O que muda são as estratégias. O Jorge Jesus tem, por mérito dele e por muito mérito do Fla­mengo, um baita time. Os 11 que jogam são nível de seleção. Foi montada uma estrutura maravilhosa dentro de um or­çamento, e isso tem que se tirar o chapéu não só ao treinador, mas ao que o Flamengo fez. O campeonato é longo. Tem mui­ta coisa para queimar”, comple­tou o técnico são-paulino.

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