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Sarampo já fez 20 vítimas em RP

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou nes­ta quarta-feira, 4 de setembro, mais 14 casos de sarampo que estavam sendo investigados em Ribeirão Preto, todos referentes ao mês de agosto. Ribeirão Preto já soma 20 ocorrências da doen­ça neste ano – as outras seis fo­ram constatadas em julho (cin­co) e junho (uma). Atualmente, outras 139 suspeitas de infecção estão sob investigação na cidade.

Ribeirão Preto foi bene­ficiada com o repasse de R$ 107.070,41 do Ministério da Saúde para implantação de ações de imunização para o controle do surto e interrupção da cadeia de transmissão do sa­rampo na cidade. A portaria nº 2.226/2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU), cita que os recursos, no total de R$ 6.129.140,98, serão destinados aos municípios do Estado de São Paulo com mais casos da doen­ça e serão repassados do Fundo Nacional de Saúde aos munici­pais e ao estadual.


A publicação beneficia mu­nicípios paulistas, visto que a circulação do vírus se man­teve ativa, reestabelecendo a transmissão endêmica da do­ença no país. O montante será transferido em parcela única e deve ser alocado no Grupo de Vigilância em Saúde, em refe­rência ao Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde. O recurso tem como fi­nalidade o custeio de quaisquer ações e serviços de vigilância em saúde, desde que garantida a implementação de ações de imunização para o controle do surto e interrupção da cadeia de transmissão do sarampo.

No dia 21 de agosto, a Se­cretaria Municipal da Saúde havia confirmado quatro casos de sarampo que estavam sendo investigados em Ribeirão Pre­to. São dois homens, de 20 e 38 anos, e duas mulheres, de 34 e 39 anos de idade. Três das víti­mas viajaram ou mantiveram contato com viajantes. Em todos os casos a pasta promoveu blo­queios vacinais.

O Departamento de Vigi­lância em Saúde, ligado à SMS, recomenda às pessoas que pro­curem algum dos 36 postos com salas de vacinação, caso ainda não tenham feito a imu­nização contra a doença. Os outros dois casos já confirma­dos em Ribeirão Preto são de um homem de 34 anos e uma criança de um ano de idade, ví­timas da infecção.

No caso do adulto, a suspei­ta de sarampo foi notificada em 16 de julho depois de apresentar sintomas sugestivos da doença – comunicou que havia viaja­do para São Paulo uma semana antes. Trezentas pessoas que ti­veram contato com o paciente foram vacinadas e, segundo a SMS, nenhuma delas havia apre­sentado vestígios da infecção.

A secretaria ainda informa que, seguindo norma da Divi­são de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, as crianças residentes em Ribeirão Preto com idade entre seis e onze me­ses estão recebendo uma dose da vacina tríplice viral desde o dia 12. Independen-temente dessa dose, a vacinação com trí­plice viral aos 12 meses e de tetra viral aos 15 meses deve ser rea­lizada normalmente, desde que respeitados um intervalo de 30 dias entre cada uma.

Após essa faixa etária, e até 29 anos de idade, todas as pes­soas deverão ter tomado as duas doses da vacina e a partir de 29 anos o Ministério da Saúde re­comenda apenas uma dose da vacina. Em 2018, Ribeirão Preto registrou um caso não autóctone (importado) no mês de abril, de­pois de dez anos sem nenhuma ocorrência. A cidade conta atu­almente com 36 salas de vacinas que permanecem abertas de se­gunda a sexta-feira – os horários de atendimento são variados, de acordo com o funcionamento de cada unidade de saúde.

A diretora de Vigilância em Saúde e Planejamento da Se­cretaria Municipal da Saúde, Luzia Marcia Romanholi Passos orienta as pessoas que apresen­tarem febre e manchas verme­lhas pelo corpo, acompanhadas de tosse, coriza e ou conjuntivite, a procurarem uma unidade de saúde. “O sarampo é uma doen­ça altamente transmissível por via respiratória, isto é, transmite à outra pessoa ao falar, ao tossir, ao espirrar”, alerta.

Ela explica, ainda, que a va­cina contra sarampo é de rotina, inclusa no Programa Nacional de Vacinação desde 1980. Ribei­rão Preto possui uma boa cober­tura vacinal, com mais de 100% de imunização das crianças nas­cidas na cidade nos últimos qua­tro anos, que tomaram as duas doses da vacina.

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