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RP terá 22 vereadores em 2021

FOTO: ALFREDO RISK

A Câmara de Ribeirão Pre­to definiu nesta terça-feira, 3 de setembro, que a cidade terá 22 vereadores a partir da próxima legislatura (2021-2024). Os par­lamentares rejeitaram proposta de emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) de autoria de Marco Antonio Di Bonifácio, o “Boni” (Rede), que pretendia es­tabelecer 23 cadeiras.

Para a aprovação, o autor precisava de 18 dos 27 vo­tos possíveis, ou seja, maioria qualificada. Se nenhum outro projeto for aprovado até 4 de outubro, a cidade terá 22 legis­ladores no próximo mandato, cinco a menos do que o núme­ro atual. Essa é a tendência, já que a maioria dos vereadores já admitiu publicamente ser con­tra a manutenção da quantida­de atual de parlamentares.

Apenas cinco votaram a favor da proposta: o próprio “Boni”; Adauto Honorato, o “Marmita” (PR); André Trinda­de (DEM); Marcos Papa (Rede) e Paulinho Pereira (Cidadania). Já Jorge Parada (PT) se absteve, Gláucia Berenice (PSDB) está de licença médica e Waldyr Villela (PSD) chegou atrasado e só par­ticipou da sessão ordinária. De­zenove vereadores votaram con­tra (veja quadro nesta página).

Sem a aprovação da pro­posta de emenda à LOM, segue valendo a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em fe­vereiro do ano passado, a Corte Suprema definiu que a Câmara de Ribeirão Preto poderia ter 22 vereadores a partir da pró­xima legislatura. São cinco a menos do que os atuais 27 par­lamentares.

Os ministros do STF já haviam declarado, em 2017, a constitucionalidade da emen­da à LOM que determinava o corte, mas faltava a modulação – se a regra valeria já nesta le­gislatura (2017-2020) ou para a próxima, que começa em 2021 e vai até 2024.

A alteração no número de cadeiras precisa ser finalizada até o dia 4 de outubro porque a legislação eleitoral estabelece que as mudanças têm de ser fei­tas obrigatoriamente até um ano antes das próximas eleições. O pleito que vai eleger os próximos prefeitos e vereadores está mar­cado para 4 de outubro de 2020.

Na tribuna da Câmara, “Boni” apresentou um estudo sobre os motivos técnicos de sua proposta. Entre os dados divul­gados está um levantamento de cidades brasileiras com popula­ção entre 500 mil e um milhão de habitantes e a média de vere­adores por morador. Na maioria dos municípios, segundo ele, a representatividade eleitoral por habitante é superior a de Ribei­rão Preto.

Aqui cada legislador repre­senta cerca de 28.291 pessoas, contra cerca de 30 mil de mu­nicípios como Osasco. Um dos principais argumentos defendi­dos por quem desejava 23 parla­mentares era de que o legislativo ribeirão-pretano tem feito eco­nomia mesmo com 27 parla­mentares. Afirmam que devem fechar 2019 com economia de R$ 50 milhões, que serão devol­vidos ao Executivo.

Já os que votaram contra – e consequentemente a favor das 22 cadeiras – argumentam que este é o desejo da população e votaram para atender esse an­seio. Um dos efeitos práticos da redução de parlamentares será visível nas próximas eleições municipais. Por causa da legis­lação eleitoral e do número de vereadores estabelecido na cida­de, cada partido poderá lançar a disputa apenas 33 candidatos à vereança, sendo onze obrigato­riamente mulheres. Hoje, com 27, este número é de 42.

Outras duas propostas que tentavam alterar o número de vereadores não prosperaram. A primeira, de Mauricio Vila Abranches (PTB), que previa a manutenção de 27 cadeiras, foi retirada pelo autor no dia 15 de agosto após ser alvo de muitas críticas de entidades da cidade. Entre elas a Associação Co­mercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Instituto 2030, Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sin­covarp), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e Observatório Social.

Já a de autoria do presidente da Câmara, Lincoln Fernandes (PDT), e do presidente da Co­missão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), Isaac Antunes (PR), estabelecia o corte de sete vagas de vereadores, reduzindo o total de 27 para 20 parlamen­tares. O projeto não foi lido em plenário porque recebeu as as­sinaturas de apenas três edis. Além dos autores, apenas Jean Corauci (PDT) aderiu.

Na semana passada, nos bas­tidores da sessão de quinta-fei­ra, 29 de agosto, os vereadores discutiram a possibilidade de apresentar nova emenda à LOM com a manutenção de 25 verea­dores, mas a proposta não pros­perou. Um dos argumentos dos defensores da nova proposta era que o aumento da população de Ribeirão Preto, anunciado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), justificaria a propositura.

Segundo a nova estimativa do Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística (IBGE), Ribeirão Preto tem 703.293 ha­bitantes e é a nona cidade mais populosa do País sem contar as capitais – no geral é a 27ª e no Estado é a sétima, contan­do São Paulo. O levantamento, que tem como data-base 1º de julho, indica crescimento po­pulacional de 1,26% em relação ao número do ano passado, de 694.534 moradores, acréscimo de 8.759 pessoas.

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