Tribuna Ribeirão
Saúde

RP terá R$ 107 mil do governo federal

Arquivo/Agência Brasil

Ribeirão Preto foi bene­ficiada com o repasse de R$ 107.070,41 do Ministério da Saúde para implantação de ações de imunização para o controle do surto e interrupção da cadeia de transmissão do sa­rampo na cidade. A portaria nº 2.226/2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU), cita que os recursos, no total de R$ 6.129.140,98, serão destinados aos municípios do Estado de São Paulo com mais casos da doen­ça e serão repassados do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais e Estadual de Saúde.

A publicação beneficia mu­nicípios paulistas, visto que a circulação do vírus se man­teve ativa, reestabelecendo a transmissão endêmica da do­ença no país. O montante será transferido em parcela única e deve ser alocado no Grupo de Vigilância em Saúde, em refe­rência ao Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde. O recurso tem como fi­nalidade o custeio de quaisquer ações e serviços de vigilância em saúde, desde que garantida a implementação de ações de imunização para o controle do surto e interrupção da cadeia de transmissão do sarampo.

No dia 21 de agosto, a Se­cretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais quatro casos de sarampo que estavam sendo investigados em Ribeirão Preto. São dois homens, de 20 e 38 anos, e duas mulheres, de 34 e 39 anos de idade. Três das ví­timas viajaram ou mantiveram contato com viajantes. Em todos os casos a pasta promoveu blo­queios vacinais. Outras 51 ocor­rências de infecção estão sob in­vestigação na cidade.

Com os quatro novos casos confirmados, subiu para seis as ocorrências de sarampo em Ribeirão Preto neste ano. O Departamento de Vigilância em Saúde, ligado à SMS, reco­menda às pessoas que procu­rem algum dos 36 postos com salas de vacinação, caso ainda não tenham feito a imunização contra a doença.

Os outros dois casos já con­firmados em Ribeirão Preto fo­ram anunciados neste mês. Um homem de 34 anos e uma crian­ça de um ano de idade foram vítimas da infecção. No caso do adulto, a suspeita de sarampo foi notificada em 16 de julho depois de apresentar sintomas sugestivos da doença – comu­nicou que havia viajado para São Paulo uma semana antes. Trezentas pessoas que tiveram contato com o paciente foram vacinadas e, segundo a SMS, ne­nhuma delas havia apresentado vestígios da infecção.

A secretaria ainda informa que, seguindo norma da Divi­são de Imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, as crianças residentes em Ribeirão Preto com idade entre seis e onze me­ses estão recebendo uma dose da vacina tríplice viral desde o dia 12. Independentemente des­sa dose, a vacinação com tríplice viral aos 12 meses e de tetra viral aos 15 meses deve ser realizada normalmente, desde que respei­tados um intervalo de 30 dias entre cada uma.

Após essa faixa etária, e até 29 anos de idade, todas as pessoas deverão ter tomado as duas doses da vacina e a par­tir de 29 anos o Ministério da Saúde recomenda apenas uma dose da vacina. Em 2018, Ri­beirão Preto registrou um caso não autóctone (importado) no mês de abril, depois de dez anos sem nenhuma ocorrên­cia. A cidade conta atualmente com 36 salas de vacinas que permanecem abertas de segun­da a sexta-feira – os horários de atendimento são variados, de acordo com o funcionamento de cada unidade de saúde.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, já foram confirmados 2.457 registros da doença neste ano em São Paulo e outros cerca de dez mil estão em investigação. O primeiro óbito por sarampo foi confirma­do pelas autoridades sanitárias na quarta-feira (28). A vítima era um homem de 42 anos, não vacinado e que tinha uma con­dição imunológica mais frágil por causa de uma cirurgia para retirada do baço.

Nesta sexta-feira, a pasta confirmou morte de dois be­bês por sarampo na Grande São Paulo. Com isso, já são três óbitos confirmados pela doen­ça no Estado após um período de 22 anos sem o vírus fazer ví­timas fatais em território pau­lista. De acordo com a secreta­ria, as vítimas são uma menina de quatro meses, de Barueri, e um menino de nove meses, da capital. Ambos estavam fora da faixa etária para a qual a va­cina é indicada.

A diretora de Vigilância em Saúde e Planejamento da Se­cretaria Municipal da Saúde, Luzia Marcia Romanholi Passos orienta as pessoas que apresen­tarem febre e manchas verme­lhas pelo corpo, acompanhadas de tosse, coriza e ou conjuntivite, a procurarem uma unidade de saúde. “O sarampo é uma doen­ça altamente transmissível por via respiratória, isto é, transmite à outra pessoa ao falar, ao tossir, ao espirrar”, alerta. Ela explica, ainda, que a vacina contra sa­rampo é de rotina, inclusa no Programa Nacional de Vacina­ção desde 1980.

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