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Biometria avança pouco na região

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

Com o objetivo de identifi­car todos os eleitores brasileiros por meio das impressões digi­tais na hora do voto, a Justiça Eleitoral avança diariamente no cadastro biométrico. Nesta sexta, 30 de agosto, o número alcançou 71,77% do eleitora­do, ou seja, 105.251.617 das 146.657.842 pessoas aptas a votar em todo o Brasil – faltam 41.406.225, ou 28,23%.

Em Ribeirão Preto, a bio­metria não é obrigatória, mas a adesão está abaixo da média nacional e da estadual. O ín­dice na Região Metropolitana também é inferior ao do País e do Estado, mas supera o ribei­rão-pretano – leia nesta página. Para 21 municípios da RMRP o cadastramento biométrico é obrigatório para as eleições municipais de 2020 e o eleitor deve ficar atento aos prazos estabelecidos pelo Tribunal Su­perior Eleitoral (TSE).

Até sexta-feira (30), em Ri­beirão Preto, dos 433.870 elei­tores ribeirão-pretanos, apenas 142.370 (ou 32,81%) já estavam cadastrados no sistema bio­métrico – faltam 291.500 (ou 67,19%). Em todo o Estado de São Paulo, que tem 32.975.306 pessoas aptas a votar, 19.046.573 (ou 57,76% do total) já fize­ram o credenciamento através da impressão digital – outros 13.928.733 (ou 42,24%) ainda não se cadastraram.

Em Ribeirão Preto, os car­tórios eleitorais atendem de segunda à sexta-feira, das 12 às 18 horas, na rua Cerqueira Cé­sar nº 333, na região central da cidade, ao lado do Palácio Rio Branco, sede da prefeitura. São quatro Zonas Eleitorais – a 108ª (com 338 seções), a 266ª (com 330), a 265ª e a 305ª (com 310 seções cada). Para ser atendido, é preciso fazer agendamento no site do Tribunal Regional Eleito­ral de São Paulo (TRE-SP).

Até o final de 2020, eleito­res de 1.686 municípios de 16 estados deverão realizar a bio­metria, de acordo com a lista de localidades que integram a etapa 2019/2020 do Programa de Identificação Biométrica. É uma tecnologia empregada pela Justiça Eleitoral que per­mite identificar o cidadão, de modo seguro e eficaz, por meio das impressões digitais, da fo­tografia e de sua assinatura.

A previsão do Tribunal Su­perior Eleitoral é de que a identi­ficação de todo eleitor brasileiro seja digital já a partir de 2022. Os eleitores de 479 municípios pau­listas estão convocados a fazer a biometria obrigatória em 2019, sob pena de cancelamento do título. As pessoas que residem nessas cidades têm de fazer o cadastramento biométrico no prazo definido, em datas que variam entre agosto e dezembro deste ano. O tribunal recomenda que ninguém deixe para os últi­mos dias, quando poderá haver filas e lentidão no procedimento.

O agendamento online é recomendável em todos os lo­cais. Para fazer a biometria, é necessário levar documento oficial de identificação origi­nal, comprovante de residência dos últimos três meses e o títu­lo, caso tenha. Os prazos para fazer a biometria variam entre agosto e dezembro de 2019, dependendo da cidade. Segun­do o TRE-SP, a biometria já foi concluída em 107 municípios

Esta etapa deve alcançar 35 milhões de eleitores nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Os municípios es­tão definidos no provimento nº 7/2019 da Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE). Atualmente, onze unidades da federação já concluíram o processo de ca­dastramento das digitais, atin­gindo 100% de identificação digital do eleitorado.

São elas o Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goi­ás, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins. No momento da votação, o reconhecimento das digitais ocorre por meio de lei­tor biométrico acoplado ao ter­minal do mesário. As digitais são únicas em cada indivíduo, o que oferece a garantia de que quem está votando é realmente o titular do voto. Assim, a bio­metria dá ainda mais seguran­ça à eleição.

Além disso, o sistema Afis (Automated Fingerprint Iden­tification System), adotado pela Justiça Eleitoral, afasta situações de duplicidade ou multiplicidade de inscrições no cadastro eleitoral. Isso por­que faz o batimento eletrônico das dez impressões digitais de cada eleitor cadastrado com as digitais de todos os eleitores registrados no banco de dados. O sistema tem capacidade para comparar até 160 mil impres­sões digitais por dia, mas pode ser ampliada, se preciso.

Para as eleições municipais de 2020, a Justiça Eleitoral es­pera ter cadastrado biometri­camente 117 milhões de elei­tores, encerrando a coleta das impressões digitais de todo o eleitorado nacional até 2022. No pleito do ano passado, es­tavam aptos a votar 87.363.098 eleitores por meio da identifi­cação biométrica, (59,31% do eleitorado total de 147.306.275) em 2.793 municípios (48,65% do total, de 5.570).

Restrições
Quem não fizer a biometria no prazo definido pode ter o tí­tulo de eleitor cancelado, o que impede o eleitor de votar. Além disso, sem o título o cidadão não pode ser empossado em concurso público, obter pas­saporte ou Cadastro de Pessoa Física (CPF), renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial, obter empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo, parti­cipar de concorrência pública e praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

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