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Fenasucro termina e gera mais de R$ 4 bilhões em negócios

FENASUCRO & AGROCANA

A 27ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergéti­ca (Fenasucro & Agrocana) – maior evento mundial voltado ao setor de bioenergia –, que aconteceu nesta semana no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, gerou cerca de R$ 4,1 bilhões em negócios, crescimento de 2,5% em relação aos R$ 4 bi­lhões da 26ª edição, acréscimo de R$ 100 milhões, segundo ba­lanço parcial divulgado na tarde desta sexta-feira, 23 de agosto.

O público também aumen­tou 2,56%, segundo os organiza­dores, saltando de 39 mil pesso­as no ano passado para 40 mil na edição de 2019, mil visitantes a mais. O balanço final será divul­gado na próxima semana e a ex­pectativa é atingir R$ 4,4 bilhões em negócios, alta de 10% em relação ao montante de 2018, conforme a projeção inicial.

A cerimônia de abertura contou com a presença do mi­nistro do Meio Ambiente, Ri­cardo Salles. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, fez uma palestra nesta sexta-feira (23) em evento do Lide e falou sobre a reforma tributária, tema discutido tam­bém pelo líder do MDB, depu­tado Baleia Rossi (SP), autor do projeto que tramita na Casa de Leis em Brasília.

As rodadas de negócio atra­íram compradores de onze paí­ses e contaram com mais de 600 reuniões entre empresas nacio­nais e internacionais, gerando uma previsão de transações em torno de R$ 99 milhões. Nos quatro dias de rodada de negó­cios internacional foram realiza­das 514 reuniões, envolvendo 42 empresas brasileiras e 18 com­pradores internacionais, que reuniram mais de 400 pessoas entre vendedores e clientes, com uma expectativa de negócios de cerca de R$ 50 milhões.

No encontro internacional, organizado pela Arranjo Pro­dutivo Local do Álcool (Apla) e Apex-Brasil (Agência Brasi­leira de Promoção de Expor­tações e Investimentos), com apoio do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroener­gético e Biocombustíveis (Cei­se Br), foi registrada a presença de compradores da Uganda, Suazilândia, Colômbia, Peru, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, México, Bolívia, Repúbli­ca Dominicana e Panamá.

Já a rodada de negócios na­cional, realizada na quarta-feira (21) e quinta-feira (22), contou com 108 reuniões envolvendo mais de 80 fornecedores e ex­positores e nove empresas com­pradoras. De acordo com os or­ganizadores, 93% das reuniões tiveram expectativa de gerar a efetivação da negociação atin­gindo um volume em torno de R$ 49 milhões.

Para Paulo Paulo Monta­bone, diretor da feira, a 27ª Fe­nasucro alcançou os resultados esperados e demonstrou a re­cuperação do setor, principal­mente, em virtude do potencial de programas como o Programa Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e os Créditos de Descarbonização (CBIOs).

“O público presente su­perou os 39 mil visitantes de 2018. O levantamento parcial já apontou o registro de mais de 40 mil visitantes e a expectativa é positiva em relação ao volu­me de negócios projetados du­rante o evento”, diz Montabone. A 27ª edição da Fenasucro & Agrocana contou com repre­sentantes de 100% das usinas do Brasil e de outros 43 países, além de mais de mil marcas ex­positoras com apresentação de cerca de três mil produtos.

Realizada pelo Centro Na­cional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombus­tíveis (Ceise Br) e organizada pela Reed Exhibitions Alcan­tara Machado, a feira é uma vitrine mundial de tecnologia e investimentos para o setor su­croenergético. Foram realiza­das 117 palestras, tendo como temas o Renovabio e o poten­cial do etanol de milho no mer­cado asiático, com a adição do derivado da cana em propor­ções de 10% a 20% da compo­sição da gasolina utilizada em países como China, Índia, Fili­pinas e Tailândia.

O impacto gerado pelo maior evento mundial voltado ao setor de bioenergia beneficia, em larga escala, tanto Sertão­zinho quanto a região, já que aquece as áreas de hotelaria, gas­tronomia e entretenimento dos municípios, além da geração de empregos nas áreas de serviço e infraestrutura. A organização da feira estima que cada um dos 40 mil visitantes tenha gastado, em média, R$ 1,5 mil durante o evento, injetando cerca de R$ 60 milhões na economia de Ribei­rão Preto e região.

De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o setor sucroenergético emprega cerca de 2,4 milhões de pessoas, direta e indiretamente, na cadeia como um todo. So­mente nos quatro dias de feira, estima-se a geração de cinco mil empregos, diretos e indiretos. Segundo Carlos Frederico Mar­ques, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Ribeirão Preto e Região (SHRBS), durante os quatro dias de feira verifica-se um aumento de até 30% no mo­vimento do comércio, bares, restaurantes e hotéis.

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