Tribuna Ribeirão
Cultura

Ator Kito Junqueira morre aos 71 anos

Morreu na madrugada desta sexta-feira, 23 de agos­to, aos 71 anos, o ator Kito Junqueira. A suspeita da fa­mília é a de que ele tenha sofrido um enfarte. O Ins­tituto Médico-Legal (IML) da capital parananense não informou a causa da morte. Segundo a filha Natália Pi­zano Coca, ele passou mal e chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Mé­dico de Urgência (Samu). “Acreditamos que possa ser enfarte. Ele sentiu muita dor. O socorro chegou bem rápi­do, mas não deu”, disse.

Kito Junqueira estava em Curitiba, preparando-se para vir a São Paulo na próxima semana, quando iniciaria o ensaio da peça “À flor da pele”, de Consuelo de Castro. “Conversei com ele por tele­fone na noite de quinta. Pou­co depois, recebi o telefone da mulher dele, Maria (Santos Pizano), desesperada, dizen­do que ele tinha passado mal repentinamente. O Samu foi chamado, mas não conseguiu fazer nada”, disse o produtor Ricardo Peixoto, que está à frente da nova montagem do espetáculo teatral.

Segundo Peixoto, o ator aparentava estar bem de saúde e estava animado para retornar ao teatro, onde atuaria ao lado de Natalia Rodrigues, sob a di­reção de Alexandre Reinecke. “Conversávamos muito sobre essa montagem e a importância da peça, que inaugurou o Tea­tro Paiol, em 1969.” Nascido em 15 de maior de 1948, em São Paulo, Heráclito Gomes Pizano ou, como ficou conhecido, Kito Junqueira atuou em várias pro­duções da TV, cinema e teatro. Enveredou para a política em 1994, sendo eleito deputado es­tadual por São Paulo.

Kito Junqueira começou a carreira artística em 1973, ao estrear na novela “As Divinas… e maravilhosas”, na extinta TV Tupi. Lá, faria ainda “Vila do Arco” (1975) e “Tchan, a grande sacada” (1976). Depois, em 1977, surgiu na tela da TV Globo, in­tegrando o elenco de novelas como “Espelho mágico” (1978), mas retornou para a Tupi, em 1979, atuando na novela “Como salvar meu casamento”.

Passaria também pela TV Manchete, na novela “Panta­nal”, em 1990. Passou ainda pela Band, em 1980, fazendo a novela “Cavalo amarelo”, entre outas. O ator deixou sua marca também no cine­ma, participando de filmes como “Eternamente Pagu” e “Topografia de um desnudo”. Já no teatro, Kito Junqueira fez vários trabalhos, sendo um dos mais importantes, a peça “Bent”, com a qual re­cebeu vários prêmios, o da APCA, o Molière e o Troféu Mambembe.

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