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Ação vai questionar ‘Lei do IPM’

ALFREDO RISK

O Sindicato dos Servido­res Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradó­polis (SSM/RP) afirmou ao Tribuna nesta quinta-feira, 22 de agosto, que ingressará na Justiça para tentar derru­bar a lei de reestruturação do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), já aprovada na Câmara de Ve­readores em duas sessões e que agora segue para a san­ção do prefeito Duarte No­gueira Júnior (PSDB) e pu­blicação no Diário Oficial do Município (DOM).

Segundo o sindicato, seu departamento jurídico está fi­nalizando a ação e levantando documentos que serão anexa­dos ao processo. Entre os ques­tionamentos que serão feitos à Justiça de Ribeirão Preto está o fato de o projeto de lei não ter parecer da Secretaria de Previ­dência Social do Ministério da Economia, sobre a viabilidade e a legalidade da reformulação do instituto. A entidade sindi­cal afirma que a prefeitura fez uma consulta à secretaria, mas não obteve resposta por não ter enviado toda a documentação solicitada.

“Estamos apenas aguardan­do a sanção do prefeito para ingressar na Justiça e derrubar esta lei que vai contra os inte­resses dos servidores”, afirma o presidente do sindicato, Laerte Carlos Augusto. Ele argumenta também que o governo tucano deveria esperar a aprovação da reforma da Previdência no Senado Federal – já passou na Câmara dos Deputados –, ve­rificar como as novas regras atingirão os servidores muni­cipais para, depois, após ampla discussão, elaborar um projeto de lei para o IPM. O prefeito Duarte Nogueira Júnior tem 15 dias para sancionar a nova lei depois que a Câmara devolvê­-la à prefeitura .

Críticas do vice
O vice-prefeito Carlos Cezar Barbosa (PPS) utilizou as redes sociais nesta quin­ta-feira (22) para criticar o que classifica como “pressa do Executivo para aprovar o projeto de reestruturação do IPM”. Na publicação via Fac­cebook, diz que a situação de falência do órgão previdenci­ário é culpa da irresponsabi­lidade dos governantes. Ga­rante também que é a favor da reforma, desde que discu­tida de forma ampla.

Barbosa diz na publicação: “O que chama a atenção nesse cenário é a pressa do Executi­vo Municipal na aprovação de um projeto pouco ou quase nada estudado e debatido pelos interessados e pelo próprio Le­gislativo Municipal. Observem que o projeto encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional é ob­jeto de estudo e debates desde junho deste ano. O Secretário Nacional da Previdência e o Ministro da Fazenda foram convocados várias vezes para prestar esclarecimentos e para apresentar dados atuariais. Isso para que os congressistas pu­dessem votar com convicção e tranquilidade.

Em Ribeirão Preto vota­ções em regime de urgência viraram praxe. Vejo isso como desrespeito e subestimação ao Legislativo. Propostas que não tenham saído do palácio são imprestáveis. Aqui fica um alerta: Uma reforma que de subsistência ao IPM deve ser aprovada, mas de tal modo que questionamentos judiciais se­jam totalmente prevenidos, e isso não se compactua com a pressa”, finaliza.

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