O ônibus com três “drag queens” vai estacionar novamente no Morro do São Bento para contar a versão tupiniquim do musical “Priscilla”. Desta vez, porém, o cenário não é o deserto australiano, mas o sertão brasileiro, uma adaptação com a assinatura da Cia. de Comédia Serotonina. A apresentação será neste sábado, 17 de agosto, às 21 horas, no Teatro Municipal de Ribeirão Preto.
Os ingressos para “Priscilla – A rainha do sertão” custam R$ 50 e R$ 25 – meia-entrada para professores, estudantes e pessoas acima de 60 anos. Estão à venda no site www. megabilheteria.com (Mega Bilheteria) – tem taxa adicional de administração –, na loja Banana & Banana da avenida Independência nº 2.366, Jardim Sumaré, e, no dia da apresentação, no guichê do Teatro Municipal de Ribeirão Preto, na praça Alto do São Bento s/ nº, no Jardim Mosteiro.
O local tem capacidade para receber 515 pessoas – o estacionamento tem 40 vagas. Mais informações pelos telefones (16) 3625-6841. O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos. Crianças de até dois anos não pagam. O texto (roteiro adaptado) é de Bruno Motta e Daniel Alves, com direção de Antonio Veiga. No elenco estão Valter Navarro, Nenê Alcântara, Reinaldo Colmanetti, Ricardo Beato, Brunno Brunelli e Wallan Pereira. A trilha sonora é de Tânio Borges. A comédia traz vários números musicais.
Na peça, três “drag queens” – Chanel Glamour, Teresa Lylenol e Sheila Monroe – embarcam numa aventura inesperada: reencontrar o filho de uma delas no interior do agreste. Elas têm perfis e personalidades completamente diferentes: uma é alto astral, outra é mais velha e politizada e a terceira é desbocada e sem medidas. O trajeto é embalado por revelações, discussões e muitas das músicas que elas apresentam em seus shows de paródias das divas do pop mundial.
De Cher a Celine Dion, passando por Abba e Tina Turner, os números fazem uma homenagem bem-humorada aos números clássicos de transformismo. Com figurinos exuberantes e humor afiado, o elenco se desdobra entre os momentos musicais, de comédia e até mesmo alguns instantes comoventes nesta jornada pelo Brasil. A comédia é uma adaptação do filme “Priscilla – A rainha do deserto” (1994), de Stephan Elliott.
No filme, as “drag queens” Anthony (Hugo Weaving) e Adam (Guy Pearce) e a transexual Bernadette (Terence Stamp) são contratadas para realizar um show em Alice Springs, uma cidade remota localizada no deserto australiano. Eles partem de Sydney a bordo de “Priscilla”, um ônibus, tendo a companhia de Bob (Bill Hunter). A partir daí o roteiro se desenvolve.
“Quando me perguntam ‘desde quando’ sou comediante, minha resposta é simples: desde sempre. A vontade de divertir o outro, e ao mesmo tempo, brincar junto de todos, dar risada e – porque não – refletir e criticar a realidade que construímos moldou minha personalidade desde muito cedo. Não deixei de ser nada para fazer isso, desde criança escrevi e criei, enquanto também assistia e me divertia com várias influências”, diz um dos autores, Bruno Motta.
“Nesse campo da imaginação, tudo pode. Quando assisti ao filme ‘Priscilla’, além de rir e me emocionar, fiquei pensando o que aconteceria se aquele veículo passeasse por terras brasileiras, carregando personagens parecidos, mas pelo nosso sertão, com nosso sotaque e experiências. Surgiu então essa mistura de paródia com homenagens não apenas ao filme original como também a músicas pop e o olhar do brasileiro comum sobre tudo isso”, emenda.
“E o que acontece quando uma ideia encontra Antonio Veiga? Ela é realizada, provando que sonhos e imaginação podem sim, se tornar realidade, assim como todas as vontades e desejos dos nossos personagens perdidos pelo sertão do Brasil. Sentem-se confortáveis em suas cadeiras e embarquem nessa viagem, se divirtam e se emocionem”, convida o autor.