O Dia dos Pais, celebrado em 11 de agosto, segundo domingo do mês, além de ser uma data de comemoração familiar, vem trazendo bons resultados para a economia do país. A data sazonal abre com chave de ouro o segundo semestre do ano, já que posteriormente acontece o Dia das Crianças (12 de outubro) e o Natal (25 de dezembro). O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp) estima que este ano o tíquete médio dos presentes será entre R$ 60 e R$ 120.
Segundo o presidente do Sincovarp, Paulo César Garcia Lopes, o Dia dos Pais vem se consolidando no calendário. “Em 2018 as vendas de agosto tiveram crescimento de 0,79%. Foi a primeira elevação do ano. Mesmo com um saldo positivo pequeno, os comerciantes ficaram animados. Para 2019, a expectativa é de um crescimento de 4%”, explica Lopes.
“Entre os principais motivos para a mudança está a valorização masculina pelas marcas do varejo que estão apostando cada vez mais no setor e criando produtos inovadores para o ‘homem moderno’. No passado, os artigos femininos e os infantis eram sempre os pioneiros. Atualmente, o mercado masculino não para de crescer nos mais variados segmentos. Em 11 de agosto os filhos devem adquirir produtos de uso pessoal como acessórios, calçados e vestuário”, exemplifica Lopes.
De acordo com Lopes, as lojas do comércio estão preparadas para receber os consumidores. “Os estabelecimentos do Centro, dos bairros e das principais avenidas da cidade já apresentam estoques renovados com variedade de produtos e preços atrativos, além de diferentes formas de pagamento. Nenhum pai ficará sem presente”, finaliza.
Horário especial
As lojas da região central (calçadão e adjacências) e dos principais corredores comerciais de Ribeirão Preto – avenida da Saudade (Campos Elíseos), avenida Dom Pedro I (Ipiranga) e Boulevard (Jardim Sumaré, Alto da Boa Vista, na Zona Sul) – terão horário especial de funcionamento às vésperas da celebração. Na sexta-feira (9), os estabelecimentos ficarão abertos das nove às 22 horas. Na véspera do Dia dos Pais, sábado (10), o atendimento será das nove às 18 horas.
Mais de 100 milhões vão às compras
A lenta recuperação do atual cenário econômico no país não parece ter desanimado os filhos brasileiros. Muito pelo contrário: de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais brasileiras, 67% dos consumidores pretendem ir às compras por conta do Dia dos Pais.
A taxa representa um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2018. Na prática, isso significa que aproximadamente 105 milhões de pessoas devem comprar presentes para entregar a seus entes queridos no segundo domingo de agosto. Para a alegria do varejo, o valor que os entrevistados pretendem dispender com os “mimos” também subiu: em média, pretende-se gastar R$ 189,98, acréscimo de R$ 41 em relação a 2018 – gerando no comércio um movimento de cerca de R$ 20 bilhões.
Os dados indicam uma maior popularização daquela que é considerada por muitos, por não injetar no mercado cifras tão expressivas quanto o Dia das Mães, o Dia dos Namorados e o Natal, o “patinho feio” das datas comemorativas. A maior parte (43%) dos entrevistados deve comprar apenas um presente e apenas 26% devem gastar mais para agradar o pai. Destes, 43% querem adquirir presentes melhores e 28%, aproveitar o aumento do seu salário. A maioria (38%), no entanto, planeja gastar o mesmo valor do ano anterior. Enquanto isso, 21% querem gastar menos – 37% com o objetivo de economizar, 31% motivados pelo orçamento apertado e 20% pelo desemprego.
O fato de já terem perdido o pai foi o motivo apontado por metade (50%) dos 23% que não têm intenção de usar a data como justificativa para presentear. Já 16% não têm contato com o pai e outros 10% não pretendem comprar presentes por falta de dinheiro. Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%), seguidas de perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%) e acessórios (26%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio.
A pesquisa ouviu, em um primeiro levantamento, 1.148 consumidores de ambos os sexos, todas as classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes para o Dia dos Pais. Em seguida, continuaram a responder o questionário os 805 consumidores que tinham intenção de compra. A margem de erro é de 3,4 p.p. no primeiro caso e 2,9 p.p. no segundo, para um intervalo de confiança a 95%.