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MPE quer vistoria anual em escolas

ALFREDO RISK/ ARQUIVO TRIBUNA

O promotor Naul Felca afir­mou ao Tribuna que irá se reunir com a prefeitura de Ribeirão Preto para estabelecer que as 109 escolas municipais tenham suas condi­ções estruturais e de manutenção vistoriadas pelo menos uma vez por ano. A decisão da Promotoria da Educação de formalizar a fisca­lização faz parte das medidas im­petradas contra o município de­pois que um laudo do Conselho Regional de Engenharia e Agro­nomia (Crea) revelar que maioria apresentava problemas. A reunião ainda não tem data definida.

Realizado no começo do ano por determinação do Ministério Público Estadual (MPE), o levan­tamento vistoriou as unidades escolares e constatou problemas de falta de manutenção, falhas na rede de energia elétrica e na parte hidráulica, extintores com prazo de validade vencido e sistema de tubulação de gás. Das 109 unida­des, cinco apresentavam proble­mas gravíssimos e outras 20 estava em situação grave, de acordo com os técnicos. Na época, a Promoto­ria da Educação também identi­ficou que 98 das 109 escolas mu­nicipais (quase 90% do total) não possuíam o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

As duas escolas onde fo­ram encontrados problemas mais graves foram o Centro de Atendimento Integral a Crian­ça (Caic) Antonio Palocci, no Jardim José Sampaio, na Zona Oeste, e o Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Pro­fessor Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, na Zona Sudoeste. O Caic chegou a ser interditado durante 40 dias pela Justiça de Ribeirão Preto por oferecer risco para a segurança dos cerca de 780 alunos. Já o Ce­mei foi palco da morte do estu­dante Lucas da Costa Souza, de 13 anos, em 30 de novembro do ano passado (leia nesta página).

Segundo Naul Felca, a pre­feitura afirmou ao MPE que priorizou as obras nas escolas em situação gravíssima e apresentou um cronograma de reformas para as outras. Estas intervenções de­penderiam, segundo o governo, de três licitações que estavam sendo feitas no valor total de R$ 11 milhões. “Estamos acompa­nhando todo este processo e co­brando agilidade para garantir a segurança dos estudantes do município”, afirma.

Outros municípios
Além de Ribeirão Preto, 22 cidades da região também se­rão intimadas pelo Grupo de Atuação Especial em Educação (Geduc) para realizarem visto­rias periódicas em suas escolas municipais. A meta é formalizar prazos para estas fiscalizações, evitando que. eventualmente, alguns governos municipais não as realizem. “Vamos nos reunir com estas cidades e definir um plano de atuação”, explica Felca.

Criado em 2016, o Geduc é composto pelo Ministério Públi­co Estadual (Promotoria da Edu­cação) e pela Defensoria Pública. Tem jurisdição em 22 municípios da região, entre eles Ribeirão Pre­to. Desde sua criação já estabe­leceu várias diretrizes e regras para a educação em 19 municí­pios. Eles já subscreveram ações propostas pelo grupo e vários assinaram Termo de Ajusta­mento de Conduta (TAC) para normatizar ações e acabar, por exemplo, com a falta de vagas nas creches e escolas municipais.

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