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MPF prorroga investigação sobre hackers

POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

A pedido da Polícia Fede­ral (PF), o Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) prorrogou por 90 dias as inves­tigações sobre a ação de hackers suspeitos de invadir celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, procura­dores e outras autoridades dos três poderes. A prorrogação sem aval da Justiça Federal, anuncia­da nesta segunda-feira, 29 de ju­lho, foi possível porque o pedido da PF ao MPF foi feito antes da prisão dos quatro investigados por invasão de telefones de auto­ridades, no dia 23.

Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, de 30 anos, pre­so no bairro da Ribeirânia, na Zona Leste de Ribeirão Preto, seria o líder da suposta quadri­lha – ele já confessou à Polícia Federal ter hackeado Moro, o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e outras autoridades. O rapaz levava uma vida de ostentação e luxo, com carros importados e muito mais.

Além dele, foram presos Danilo Cristiano Marques, de 36 anos, e o casal Gustavo Hen­rique Elias Santos, de 28 anos, e Suellen Priscila de Oliveira, de 25. Na sexta-feira, o juiz Vallis­ney de Oliveira, da 10ª Vara Fe­deral de Brasília (DF), decidiu prorrogar por mais cinco dias a prisão temporária dos quatro alvos da Operação Spoofing – foram presos no dia 23.

Desde junho, o site do jor­nalista Glenn Greenwald pu­blica reportagens com trechos de diálogos atribuídos ao mi­nistro Sérgio Moro, ex-juiz fe­deral, e a integrantes da força­-tarefa da Operação Lava Jato. O site não revelou a fonte nem como obteve os registros das conversas. No domingo (28), os advogados de Delgatti Neto divulgaram uma nota na qual informaram que ele deixou có­pias de conversas com outras pessoas dentro e fora do país.

“Para todos os fins, registra, por pertinente, que o conjunto das informações está devida­mente resguardada por fiéis depositários, nacionais e inter­nacionais”, diz o documento entregue pelos advogados Fa­brício Martins Chaves Lucas e Gustavo Delgado Barros. Em outro trecho da nota, Delgatti Neto diz espantar-se com “a fragilidade do sigilo no Brasil”.

Ele sugere melhoria nos sistemas de comunicação na­cional e “convida a uma regu­lamentação e à transparência quanto ao acesso e o uso de ditas redes de informação pelo poder público, em plena defe­sa do melhor interesse público, respeitados os princípios fun­damentais da Constituição Fe­deral, incluídos defesa da Cida­dania, da dignidade da pessoa humana os valores do trabalho e da livre iniciativa”.

Os quatro presos serão ou­vidos nesta terça-feira, 30 de julho, em uma audiência de custódia em sigilo com o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal. O encontro está marcado para às dez horas. O magistrado, que prorrogou a prisão do quarteto, apontou que se soltos, os investigados poderiam “apagar provas”, “fa­zer contato com outros envol­vidos” e “prejudicar o inquérito policial de algum modo”.

Vallisney também desta­cou que a investigação ainda dependia de trabalho técnico pericial que demandaria mais alguns dias para ser concluí­do. A previsão era que nesta segunda-feira (29) a PF, por meio do Instituto Nacional de Criminalística, finalizasse as análises dos equipamentos de informática apreendidos na casa de Delgatti.

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