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Doenças da próstata – Parte I

A próstata é uma glândula que só existe nos homens. Ela está locali­zada na parte baixa do abdômen, bem perto da bexiga. Ela é de grande importância para o homem, pois ela produz um líquido que é de vital significado para que o homem possa ter filhos. No homem jovem ela é do tamanho de uma castanha e tem o formato de uma maçã. E como qualquer órgão ou parte do corpo humano ela está sujeita a ficar doente.

Desse modo as três principais doenças da glândula prostática são: a primeira é a prostatite que é uma inflamação ou infecção da próstata e que pode ser contraída através da relação sexual sem preservativo, quer dizer ela é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).

Portanto, a prostatite é uma DST muito comum pois afeta cerca de dois milhões de casos novos por ano entre os brasileiros.

Entre os principais sintomas da prostatite estão: a dificuldade para urinar, dor na região genital, na pelve que é a região mais baixa do abdômen, febre ou dor nos próprios genitais.

E o médico que deve ser consultado, nos casos da presença des­ses sintomas, é o médico clínico geral ou diretamente o urologista que é o médico especialista nessa área da medicina.

E o diagnóstico deve ser firmado por esse profissional especia­lista, que vai reunir os dados que constituem a queixa do paciente e solicitar os exames laboratoriais e de imagem que julgar necessário para se estabelecer o diagnóstico.

O tratamento é feito com remédios do tipo antibiótico, anti-ifla­matório, analgésicos e sintomáticos julgados necessários.

A evolução é favorável e o paciente sara completamente dessa doença. A segunda doença mais comum da próstata é um tumor benigno chamado Hipertrofia Prostática Benigna ( H.P.B. ), que é uma espécie de tumor só que benigno, isto é, não é câncer e não tem nada a ver com câncer de próstata.

Nós podemos até dizer que o aumento do tamanho da próstata é normal na maioria dos homens à medida que os anos vão passando.

E isto ocorre devido à ação de hormônio sexual masculino sobre a próstata que vai aumentando lentamente com o passar dos anos. Isto quer dizer que de uma maneira geral, quanto mais idoso for o homem mais aumentada será a sua próstata.

Entre as causas do aumento da próstata podemos dizer que é a hereditariedade, isto é, homens descendentes de homens que tive­ram ou têm H.P.B. (Hipertrofia Prostática Benigna) têm mais chance de terem aumento da próstata no decorrer da vida. Outro fator é a idade como já descrevemos anteriormente, quanto maior a idade maior será a próstata.

Entre os sintomas da Hipertrofia Prostática Benigna (H.P.B.) po­demos citar a dificuldade para urinar, o jato da urina fica mais fraco, a pessoa precisa urinar várias vezes principalmente à noite, a urina não fica completa, sempre sobra um pouco de urina, quer dizer, a bexiga não esvaziou completamente, sendo que às vezes o homem nota que tem respingo de urina na cueca ou na calça.

Já o diagnóstico dessa doença é feito pelo médico especialista em urologia que lança mão das informações relacionadas com os sintomas referidos pelo paciente com o chamado exame de toque retal, que é um exame, em geral devido às suas características não costuma ser muito bem aceito pelo homem, devido ao preconceito vigente na sociedade brasileira notadamente entre os homens que costuma relacionar com a sexualidade da pessoa, o que é sinônimo de completo desconhecimento do tema.

O exame dura uns poucos segundos, em geral em torno de 10 a 15, em que o médico, com todo respeito, usa uma luva envolvida em lubrificante, introduz um dedo no ânus do paciente e rapidamente consegue identificar o tamanho e as características da glândula, como a presença de nódulo ou outras características, que podem direcionar para identificar, se sugere a presença de algum tumor maligno o que diferencia da Hipertrofia Prostática Benigna.

Esses dados juntamente com exames de laboratoriais e de ima­gem fornecem subsídios para firmar o diagnóstico da suspeita da doença. (Continua na próxima semana).

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