Tribuna Ribeirão
Economia

‘Todo ano vai ter’, diz Guedes sobre FGTS

José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta terça-feira, 23 de julho, que o go­verno pretende liberar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) não apenas para este ano, mas para os próximos também. Os saques poderão ser feitos das contas ativas e inati­vas e a injeção na economia de­verá ser de R$ 42 bilhões.

“O governo passado soltou só inativos. Vamos soltar ativos e inativos. Eles soltaram uma vez só, nós vamos soltar para sem­pre Todo ano vai ter”, disse. O ministro afirmou novamente que a liberação poderá injetar R$ 42 bilhões na economia. Na semana passada, ele já havia confirmado este montante, mas o próprio Mi­nistério da Economia havia cor­rigido o valor para R$ 30 bilhões após refazer os cálculos.

“Eu tinha falado que ia ser em torno de R$ 42 bilhões. E vai ser isso mesmo. Deve ser uns R$ 30 bilhões neste ano e R$ 12 bilhões no ano que vem. São os R$ 42 bilhões que eu falei, só que vocês vão ver que há novidades, coisas interessantes”, disse, sem dar maiores detalhes. Na segunda-fei­ra (22), o governo estudava limitar os saques em R$ 500 neste ano.

O valor máximo seria para con­tas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos inativos). In­dependentemente de quantas con­tas tiver, o trabalhador só poderia sacar no máximo esse valor para cada conta que tiver. O público-al­vo da medida são 100 milhões de contas do fundo (um trabalhador pode ter mais de uma conta).

A partir do ano que vem, a ideia é permitir que os trabalhadores tenham direito a uma nova moda­lidade de retirada dos recursos: o “saque aniversário”. Se escolher essa opção, o trabalhador teria de abrir mão de resgatar a totalidade do fundo caso seja demitido sem justa causa. Nessa situação, ele continuaria a sacar a parcela dos recursos anualmente até acabar.

Porém, pelo discurso do minis­tro, pode prevalecer o projeto ante­rior, de liberar até 35% das contas ativas e inativas do FGTS. O anún­cio era para ser feito na semana passada, em meio à solenidade de 200 dias de governo Jair Bolsonaro (PSL), mas o setor da construção civil pressionou preocupado que a retirada dos recursos poderia redu­zir o uso do FGTS como fonte para financiamentos para os setores imobiliário, de saneamento básico e infraestrutura a juros mais bai­xos. O anúncio deve ser feito às 16 horas desta quarta-feira (24).

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