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Fiscalização flagra ‘gatos’ no comércio

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

A CPFL Paulista, concessio­nária que atende 309.817 con­sumidores em Ribeirão Preto e mais 4,2 milhões de clientes es­palhados por outras 233 cidades do estado de São Paulo, promo­veu nesta sexta-feira, 19 de julho, mais uma operação de combate a fraudes e furtos de energia, os famosos “gatos”. Em parceria com a Polícia Civil, a compa­nhia inspecionou oito unidades consumidoras na cidade e en­controu situações irregulares em quatro delas.

Todas as autuações foram registradas em boletim de ocorrência. Em um dos casos, na região central, a equipe téc­nica da CPFL Paulista encon­trou um medidor de energia modificado internamente. Na segunda situação, foi consta­tada uma manipulação nos registradores de consumo por desvio de energia na rede elé­trica. As irregularidades foram identificadas em estabeleci­mentos comerciais.

As fraudes e furtos de ener­gia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Também são cobra­dos dos fraudadores os valores das tarifas referentes a todo o período em que ocorreu o rou­bo, acrescidos de multa. Essas operações de inspeção têm como objetivo coibir a prática, que causa o encarecimento das tarifas para todos os clientes da distribuidora, pioram a quali­dade do fornecimento de ener­gia e colocam em risco a vida da população.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dis­tribui parte dos prejuízos cau­sados pelas “perdas comer­ciais”, como são denominadas as fraudes, no momento das revisões tarifárias. Outra con­sequência negativa é a piora na qualidade do serviço pres­tado. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elé­tricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento.

Consumidores que come­tem o crime também estão co­locando em risco as suas vidas e da população. Pessoas não habilitadas que tentam ma­nipular o medidor de energia ou realizar ligação direta na rede podem causar acidentes graves, até mesmo fatais. A empresa tem, intensificado a fiscalização em Ribeirão Preto, Franca e cidades da região.

Na comparação entre o ano passado e 2017, a conces­sionária registrou um cresci­mento de 30% no número de irregularidades identificadas, passando de 7.906 para 10.266 casos em onze municípios. A cidade de Ribeirão Preto foi a que registrou o maior núme­ro de irregularidades identifi­cadas, alcançando a marca de 7.368 ocorrências, um cresci­mento de 23,7%, com 1.413 denúncias a mais do que as 5.955 de 2017.

A concessionária registra 614 por mês, mais de 20 por dia, quase um por hora – no período anterior a média men­sal era de 496 e a diária, de 16. Em segundo lugar ficou Fran­ca, com 1.546 ocorrências, e Sertãozinho, com 647 casos de fraudes e furtos em 2018. A energia recuperada na metró­pole regional, de 17.683 me­gawatts/hora, seria suficiente para abastecer 9.824 moradias ribeirão-pretanas por um ano.

No ano passado, a CPFL Paulista promoveu 32.398 ações de fiscalização em Ribei­rão Preto – 47,7% acima das 22.540 de 2017. Em 2018, con­siderando a metrópole, Franca, Sertãozinho, Jaboticabal, Bata­tais, Jardinópolis, Cravinhos, Brodowski, Buritizal, Jabo­randi e Cândido Rodrigues, a concessionária conseguiu re­cuperar um volume de 24.637 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer 13.688 famílias de quatro pes­soas pelo período de um ano, o que equivale ao consumo de uma cidade do porte de Cravi­nhos, Ibaté ou Pitangueiras.

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