Tribuna Ribeirão
Política

‘Pretendo encaminhá-lo, sim’, diz Jair Bolsonaro

REUTERS/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsona­ro (PSL) voltou a defender a indicação do filho do meio, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de em­baixador brasileiro nos Estados Unidos. “Pretendo encaminhá­-lo, sim”, comentou, durante a transmissão ao vivo feita pelo Facebook. O presidente elogiou ainda o artigo que o deputado Marco Feliciano (Pode-SP), um dos vice-líderes do governo no Congresso, escreveu nesta quinta-feira, 18 de julho, na Fo­lha de S.Paulo.

Para Bolsonaro, o texto pro­va que não há “nepotismo” na intenção dele. “Não é nepotis­mo. Se fosse, acha que eu come­teria um crime?”, disse. Sobre as acusações de oposicionistas e até de apoiadores de favorecimento, Bolsonaro completou: “Preten­do beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon pro meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com o filé mignon essa história ai. É nos aprofun­darmos o relacionamento com a maior potência do mundo.”

O presidente também afir­mou que haveriam questões que não vão de encontro ao interes­se de sua base de apoiadores. “Quem disse que não vai mais votar em mim, paciência”. Bol­sonaro ponderou, no entanto, que esta provável indicação de­pende de Eduardo. “Minha in­tenção é indicá-lo. A não ser que ele não queira, a não ser que não seja aprovado lá na Comissão, no Senado”, afirmou.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que aguarda a ordem do presidente para enviar ao Senado a indica­ção do deputado Eduardo Bol­sonaro ao comando da embai­xada do Brasil em Washington. “Primeiro precisamos da or­dem do presidente. Quando ele mandar, enviamos a indicação para a Comissão de Relações Exteriores do Senado e para o plenário da Casa. Se o presi­dente nos der este comando, não tenho dúvida de que vocês serão convidados para cobrir a posse dele lá”, disse.

Para Onyx, a indicação foi “um gol de placa do presidente”. Ele afirmou ainda que Eduardo irá trabalhar pela aproximação do Brasil com os Estados Uni­dos. “A principal função do embaixador é aproximar paí­ses e que forma melhor do que o filho do presidente, amigo de Donald Trump, presidente americano, fazer esse traba­lho?”, questionou. Para ele, a aproximação com os america­nos será importante também na defesa da Amazônia porque o país terá um aliado forte mi­litarmente. “O dia que alguém quiser invadir a Amazônia vai saber que temos parceiros que podem nos ajudar a mantê-la sendo nossa”, disse.

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