O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a defender a indicação do filho do meio, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador brasileiro nos Estados Unidos. “Pretendo encaminhá-lo, sim”, comentou, durante a transmissão ao vivo feita pelo Facebook. O presidente elogiou ainda o artigo que o deputado Marco Feliciano (Pode-SP), um dos vice-líderes do governo no Congresso, escreveu nesta quinta-feira, 18 de julho, na Folha de S.Paulo.
Para Bolsonaro, o texto prova que não há “nepotismo” na intenção dele. “Não é nepotismo. Se fosse, acha que eu cometeria um crime?”, disse. Sobre as acusações de oposicionistas e até de apoiadores de favorecimento, Bolsonaro completou: “Pretendo beneficiar filho meu, sim. Se eu puder dar um filé mignon pro meu filho, eu dou, mas não tem nada a ver com o filé mignon essa história ai. É nos aprofundarmos o relacionamento com a maior potência do mundo.”
O presidente também afirmou que haveriam questões que não vão de encontro ao interesse de sua base de apoiadores. “Quem disse que não vai mais votar em mim, paciência”. Bolsonaro ponderou, no entanto, que esta provável indicação depende de Eduardo. “Minha intenção é indicá-lo. A não ser que ele não queira, a não ser que não seja aprovado lá na Comissão, no Senado”, afirmou.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que aguarda a ordem do presidente para enviar ao Senado a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro ao comando da embaixada do Brasil em Washington. “Primeiro precisamos da ordem do presidente. Quando ele mandar, enviamos a indicação para a Comissão de Relações Exteriores do Senado e para o plenário da Casa. Se o presidente nos der este comando, não tenho dúvida de que vocês serão convidados para cobrir a posse dele lá”, disse.
Para Onyx, a indicação foi “um gol de placa do presidente”. Ele afirmou ainda que Eduardo irá trabalhar pela aproximação do Brasil com os Estados Unidos. “A principal função do embaixador é aproximar países e que forma melhor do que o filho do presidente, amigo de Donald Trump, presidente americano, fazer esse trabalho?”, questionou. Para ele, a aproximação com os americanos será importante também na defesa da Amazônia porque o país terá um aliado forte militarmente. “O dia que alguém quiser invadir a Amazônia vai saber que temos parceiros que podem nos ajudar a mantê-la sendo nossa”, disse.