O futebol, cada vez mais, é uma fonte praticamente inesgotável de dinheiro. Os investimentos exorbitantes tomaram conta do esporte ao redor do mundo. Junto com tanta “grana”, vem também o abismo entre os clubes ricos e os com menos verba.
Alguns campeonatos estão sendo dominados pelos times que possuem mais dinheiro. Juventus, na Itália, e PSG, na França, são excelentes exemplos da hegemonia trazida pelo dinheiro.
A “Velha Senhora”, como é conhecida a Juve, venceu as últimas oito edições do campeonato italiano. Já o PSG, das últimas sete disputas, venceu seis. Foi derrotado apenas na temporada 2016/17, quando o Monaco, de Mbappé, que atualmente joga no PSG, deu show e levou o time do principado ao título.
Aliás, a transferência do jovem atacante francês para o clube de Paris mostra como a disparidade econômica enfraquece a liga, já que com poder aquisitivo, um único time tem condições de comprar quem quiser dentro do campeonato.
Reflexo do exagerado poder aquisitivo dos clubes são os valores astronômicos pagos por jogadores de futebol. Na última sexta-feira (12). O Barcelona acertou a contratação do atacante francês Antonie Griezmann por uma quantia de 120 milhões de euros. O Barça, por exemplo, protagonizou três das 10 maiores transferências da história.
Desde que vendeu Neymar ao PSG por 222 milhões de euros, maior transação da história, o clube catalão, somando o valor de Griezmann, já gastou um total de 390 milhões de euros, equivalente a 1,5 bilhão de reais.
A FIFA tenta segurar os times com mais investimento através do fair play financeiro, mecanismo que limita o quanto pode ser investido durante uma janela de transferência. Mas, os clubes encontram maneiras de burlar o regimento.
Na mesma janela em que contratou Neymar, o Paris Saint Germain também contratou Mbappé, entretanto, burlando as leis da FIFA. Ao invés de efetivar a comprar do jogador, o clube parisiense anunciou um acordo de empréstimo junto ao Monaco, com obrigação de compra ao término do período. Desta forma o clube não foi pego no fair play.
As grandes contratações não estão sendo feitas somente pelos gigantes. Times em crescimento no cenário mundial como o Atlético de Madrid também estão colocando a mão no bolso. O clube colchonero fez na atual janela a maior compra de sua história, ao trazer o português João Felix, de apenas 19 anos, por 126 milhões de euros.
Futebol Brasileiro
Os altos valores praticados na Europa e também em mercados emergentes do futebol também chegaram ao futebol nacional. Atualmente, o nível de salário praticado no Brasil é compatível com o que é pago em mercados estrangeiros.
Hoje o jogador que atua por um grande clube brasileiro não vai para outros países somente por conta do dinheiro como era antigamente, devido ao fato de conseguir ganhar ótimos salários atuando por aqui.
Flamengo e Palmeiras são os principais expoentes do futebol nacional. Com poderio financeiro muito maior que os adversários, os clubes possuem plantéis recheados de opções. O Verdão, recentemente, fez contratações de grande porte como Ricardo Goulart, Ramires, Carlos Eduardo e Borja, que custou 33 milhões aos cofres do alviverde.
Já o Flamengo, adquiriu jogadores como Rafinha, ex-Bayern de Munique, Gerson, Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Rodrigo Caio, todas transferências que envolveram cifras milionárias.
No futebol nacional, o grande investimento ainda não resultou em grande hegemonia, mas o Palmeiras, nos últimos 4 anos, conquistou três títulos de expressão nacional, o Brasileirão duas vezes e a Copa do Brasil uma vez.
O Mengão, apesar da grande arrecadação e número de grandes contratações, ainda não conseguiu reverter o dinheiro em conquistas e está longe dos títulos nacionais há bastante tempo.