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Uma relação republicana

FOTOS: JF PIMENTA

Em seu primeiro mandato como vereador o enge­nheiro agrônomo Paulinho Pereira (PPS), tem sua atuação parlamentar muito ligada ao distrito de Bon­fim Paulista. Entretanto, ele garante que trabalha por toda cidade, mas que o distrito mereceu sua atenção especial porque vinha sendo esquecido pelas administrações que passaram pela Prefeitura. “Acredito que a população bonfinense merece respei­to, serviços e investimen­tos públicos de qualidade e com regularidade”, diz. Em entrevista ao Tribuna o parlamentar afirma ter uma relação republicana com a atual administração municipal e ser favorável a vinte e sete vereadores na próxima legislatura.

Tribuna – O senhor foca grande parte de seu traba­lho parlamentar em rela­ção ao Distrito de Bonfim Paulista. A que se deve essa postura?
Paulo Pereira – Bonfim Paulista é, também, como sempre afirmo parte im­portante da cidade de Ri­beirão Preto, sendo agora o único distrito existente. Por ter minha história pessoal e origens ligadas a Bonfim Paulista, tenho compromis­so com sua manutenção e desenvolvimento, pois o dis­trito vinha sendo esquecido pelas administrações que passaram pela Prefeitura e acredito que a população bonfinense merece respei­to, serviços e investimentos públicos de qualidade e com regularidade. E tenho lutado por isso, buscando honrar a representação parlamentar conferida para bem servir àquela população. Por isso tenho buscado que o distri­to seja aproveitado em sua vocação para geração de turismo, o que pode atrair investimentos, gerar divisas para o município, empregos e geração de renda, além de trazer melhorias para a ci­dade como um todo e mais uma opção de lazer saudável para a população.

É importante salientar que tenho trabalhado em toda Ribeirão, pois em nosso gabinete já foram redigidos mais de dois mil documen­tos apontando problemas e solicitando providências ao Executivo para a cidade como um todo, assim como participando em várias Co­missões Permanentes desde o início do mandato.

Tribuna – O partido que o senhor integra, o PPS, faz parte do governo munici­pal através do vice Carlos Cesar Barbosa. Como o senhor analisa a relação de seu partido com o governo?
Paulo Pereira – Sobre a relação do partido com o Governo, vejo como uma relação republicana, respon­sável e independente que busca apoiar as sérias e boas medidas e projetos da Admi­nistração que forem consi­deradas corretas e dignas de merecer apoio para o bem da gestão municipal.

Tribuna – Que avaliação faz da atual administração?
Paulo Pereira – Avalio a atual administração como responsável com as contas públicas. Enfrentou em seu início de mandato uma ta­refa muito difícil de resta­belecer a credibilidade da Prefeitura perante seus cre­dores, renegociando dívidas e eliminando a notória ina­dimplência. Havia um cená­rio de grave crise financeira e administrativa, cujos refle­xos perduraram, afetaram e ainda afetam a prestação de serviços públicos com mais eficiência. Ainda resta um período da atual adminis­tração para contemplar pro­messas de campanha como: a construção de Ambulató­rios Médicos de Especiali­dades (Ames), investimen­tos em escolas dentre outras que iremos cobrar para que sejam disponibilizados à po­pulação.

Tribuna – Em sua avalia­ção no que o governo até o momento errou e no que ele acertou?
Paulo Pereira – Como já disse em decorrência das grandes dificuldades finan­ceiras, entendo que a atual administração acertou em, logo no início, fazer a rene­gociação com fornecedores para que pudesse recuperar novamente a credibilida­de do município, saneando as finanças e restaurando a confiança e crédito para a Prefeitura.
Porém, acho que errou em alguns momentos em relação à gestão da saúde e educação, como exemplo o atraso na entrega das unida­des de pronto atendimentos e falta de vagas para crianças nas creches.

Tribuna – Como o se­nhor classifica a atual Câ­mara Municipal no que diz respeito à atuação parla­mentar?
Paulo Pereira – Uma “Nova Câmara” renovada e atuante, com total indepen­dência entre os poderes, que em seu início, até por possuir um grande número de vere­adores de primeiro mandato, foi se adequando e agindo com muita responsabilidade em busca de melhorar a fis­calização e propor leis, com vistas a uma comunidade cada vez melhor. Certo que mais há por fazer e melho­rar, mas a atual composição da Câmara tem se imbuído do espírito de servir a cidade com ética, prudência e res­peito às Leis.

Tribuna – Quais são os seus projetos que o senhor considera mais relevantes para a população?
Paulo Pereira – Temos projetos voltados ao Meio Ambiente, assim como ou­tros temas, alguns de nos­sos projetos apresentados buscam ações diretas na Educação, Turismo, Cul­tura, Lazer, Gastronomia, Esporte e Meio Ambiente, havendo correlação, em sua maioria, uns com os outros e com um dos nossos obje­tivos de transformar o dis­trito de Bonfim Paulista, em um grande Centro turístico e cultural de Ribeirão Preto. Cito nossa lei que cria ali o Centro Gastronômico e de Artesanato.

Consegui obter a sanção e promulgação de várias Leis de minha autoria, dentre as quais destaco como promo­toras de turismo: A Festa das Nações, Encontro de Anti­gomobilismo, Minimarato­na Ribeirão Preto Bonfim Paulista, Semana Cívica, Pa­rada de Natal, além das Leis como o Café com Cultura e Feira Gastronômica e de Ar­tesanato que seriam eventos semanais, que dariam a sus­tentabilidade a este Projeto proposto. Também se faz importante apontar a CEE – Comissão Especial de Estu­dos, pelo qual sou presiden­te, na busca da revitalização do antigo Núcleo da Criança e Adolescente de Bonfim, um patrimônio público que necessita ser devolvido ur­gentemente à população, para prática de várias ativi­dades que o distrito se faz carente.

Tribuna – Em sua opi­nião o fim das coligações para eleições proporcionais no ano que vem pode pre­judicar sua candidatura à reeleição?
Paulo Pereira – Nosso partido nesta última eleição já se apresentou e concor­reu sem coligações para ve­reador. Tenho focado meu trabalho legislativo na busca incessante de melhorias para comunidade independente de reeleição.

Tribuna – O senhor é fa­vorável a redução no núme­ro de vereadores para 22 na próxima legislatura?
Paulo Pereira – Sobre a redução número de cadeiras na Câmara, sou contrário à redução por entender que o número de 27 vereadores é constitucional; que este nú­mero serve melhor à repre­sentatividade das regiões e segmentos da sociedade; que está provado ser possível, com uma gestão responsável e honesta e com este núme­ro atual de vereadores, gerar economia aos cofres públi­cos; que a decisão do STF so­bre a redução do número de vereadores não cria a obri­gatoriedade de manter em 22 cadeiras no Legislativo local, mas apenas conside­rou constitucional que possa haver a alteração do número por modificação da legisla­ção local pela própria Câma­ra, desde que essa alteração não seja desproporcional e irrazoável e me parece que estas questões também têm de ser pesadas à luz da re­presentatividade pelo voto, afinal, a Câmara deve refletir as diferenças da sociedade.

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